R$ 22 milhões. Essa seria a dívida que a Prefeitura deCampina Grande deveria pagar ao Hospital de Trauma da cidade. O cálculo é do diretor da unidade de saúde, Geraldo Medeiros.
Segundo ele, desde a inauguração do Hospital, com o fechamento do Regional, a Prefeitura deixou de repassar qualquer valor ao Trauma. Antes repassava R$ 500 mil ao Hospital Regional.
Com a mudança, explica Geraldo, a demanda aumentou consideravelmente. De 300 cirurgias, a média mensal passou para cerca de 800 procedimentos, o que, na opinião dele, deixa o repasse avaliado em torno de R$ 1,6 milhão por mês.
Corrigida, a dívida se avoluma para mais de R$ 20 milhões. “Até agora nesse período de quase dois anos a Prefeitura não encaminhou nenhum valor para o funcionamento”, criticou.
Prefeitura contesta débito – A secretária de Saúde, Marisa Agra, nega o débito. Segundo ela, desde que foi inaugurado, até agora não houve entendimento entre Prefeitura e Governo quanto aos repasses.
A Prefeitura considera alto e fora da realidade o valor estipulado pela Secretaria Estadual de Saúde.
“O contrato expirou em dezembro de 2010. Eu participei de duas negociações para tratar de novo pacto e não evoluiu porque simplesmente o contrato que o hospital quer firmar é de 1,6 milhão. O perfil do hospital é de urgência e emergência. Você tirar do seu teto para um hospital que tem como característica de algo que é de atribuição do Estado”, contestou.
Marisa se disse a disposição do diálogo. “Temos que sentar para ver de que forma a gente poderia regular esse serviço. Como não evoluiu não devemos porque não assinamos nenhum contrato. Hoje eu acho devido essa cobrança”, revidou a secretária.
MaisPB com informações de Carlos Sousa (Correio Sat)