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TODO CUIDADO É POUCO (Marcos Souto Maior) (*)

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                               A catástrofe da boate gaúcha, da cidade de Santa Maria, com mais de duas centenas de vítimas indefesas e fatais, além da comoção em todo o país, teve ampla repercussão na mídia internacional. Chamou atenção do povo, o fato de autoridades brasileiras negligenciarem com setores que deviam funcionar, na permanente fiscalização da precária ou inexistente segurança.

                                Existem vários órgãos públicos que, “faz de conta” que cumpriam suas obrigações funcionais. Prefeituras Municipais, Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil, Militar e Federal, Juizados de Menores, dentre outros, que só levam mesmo a sério o recolhimento rigoroso dos impostos, taxas e emolumentos na liberação dos famigerados Alvarás ou Autorizações de Funcionamento.

                               Nos dias seguintes ao incêndio da sinistra boate Kiss, em todo país as casas noturnas passaram por apressadas varreduras, quer sejam as mais luxuosas ou às mais modestas do pedaço, contudo, chegando tarde demais para evitar o passado funesto recente!

                               E não é somente as boates que merecem preocupações e responsabilidades de todos, porque os parques de diversões, circos, jogos de futebol, carnaval, festas juninas, procissões religiosas, parques de crianças enfim, tudo que tenha aglomerações de pessoas, exige severa fiscalização.

                               Vêm aí as Copas: das Confederações em 2013 e do Mundo de futebol em 2014, com os jogos sediados em várias capitais espalhadas por todo pais verde amarelo. Além dos majestosos estádios de futebol, exigem itens como: aeroportos, hotelaria, mobilidade, urbanismo, disponibilidade de pessoas que falem a língua inglesa e a mais importante que é a segurança pública.

                               Dias após o trágico desastre da boate de Santa Maria, ainda nos pampas, no novo estádio de futebol, “Arena Grêmio”, o jogo entre o Grêmio versus LDU do Equador, após um gol gremista, a torcida das arquibancadas se projetou em direção às barreiras de proteção, rompendo os cabos de aço pregados nas colunas de concreto, e deixando vítimas.

                               A “avalanche”, assim chamada à ruidosa e perigosa comemoração da torcida gremista, descendo do alto das arquibancadas até chegar aos limites máximos disponibilizados ao torcedor, a cerca de aço fora arrancada das colunas de sustentação e, por muito pouco, não virou outra grande tragédia fatal.

                                 No próximo dia 9 de junho, na nova “Arena do Grêmio”, a seleção brasileira regida por Filipão, vai enfrentar a arquirrival França num amistoso importante para o nosso futebol. Espera-se, que o bom senso não mais permita a loucura da “avalanche” gremista!

                                As riquezas naturais, do nosso país, que encantam os turistas de todo mundo, merece uma campanha nacional pela SEGURANÇA JÁ, em todo território brasileiro.

Governos: Federal, Estaduais e Municipais se obrigam a proteger o cidadão, independente de grandes festas públicas sazonais ou permanentes.

                               Cirúrgico, seguro e melhor do que remediar, é antecipar, preventivamente, os riscos que são aliados da incompetência, da desídia, e do oportunismo ilegal!

(*) Advogado e desembargador aposentado