Os chamados políticos profissionais estão em polvorosa. É que vão enfrentar um amador no ano que vem na disputa pela Prefeitura de João Pessoa e correm o risco de jogar o currículo na lata de lixo. Falo do prefeito Luciano Agra, que todos sabemos não ser político profissional, mas que está metendo medo nos figurões que se achavam donos dos votos.
Para enfrentar o novato Luciano, perfilam-se no pelotão da eleição o senador Cícero Lucena, o ex-governador Zé Maranhão e o deputado Manoel Júnior. Cícero já foi vice-governador, governador, ministro, prefeito duas vezes da Capital e agora é senador. Zé Maranhão, deputado desde a adolescência, senador da República, governador três vezes e no momento atual luta por uma nomeação na Caixa Econômica. E Manoel Júnior, que começou a vida pública como prefeito de Pedras de Fogo, já foi vice da Capital, deputado estadual e está no segundo mandato de federal.
Ou seja, três profissionais da política, provados e testados nas urnas, tremem nas bases antevendo a hora de enfrentar um arquiteto simples, de conversa amena, que nunca foi testado numa campanha, e assumiu a Prefeitura depois da ida do titular para o Governo.
Por que, então, o temor? Simples, cara pálida. O rapaz simples, o arquiteto modesto de fala mansa e jeito interiorano, assumiu a Prefeitura e começou a trabalhar. Fez praças bonitas e vistosas, arborizou onde antes só tinha talo seco, botou o asfalto em cima dos lamaçais, está fazendo uma importante obra ao redor do Jaguaribe, tem visão futurista, oferece verde para os quatro cantos da cidade, forçando o pessoense a descobrir que é bom até demais ter uma vida saudável, com o ar puro entrando nos pulmões e a sombra altaneira das árvores amenizando a inclemência do sol.
Ele não descobriu a pólvora, é bem verdade. Mas redescobriu para o pessoense a alegria de viver.
Os outros três não se preocuparam com isso quando tiveram o poder nas mãos. E agora são obrigados a engolir o novato
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