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TIÃO LUCENA EM : O efeito Cururú

Faltando pouco mais de uma semana para a eleição no segundo turno, os candidatos Luciano Cartaxo e Nonato Bandeira continuam tão limpos quanto aquele pano branco lavado com sabão Omo. As denúncias que por ventura apareceram tentando manchar as duas candidaturas envolvem pessoas da Prefeitura na administração de Luciano Agra, que não é candidato a nada. O outro Luciano está limpo, pelo menos até agora, e seu candidato a vice, idem.

E olhem que isso acontece porque não se encontrou nada contra eles. Se fosse encontrado, um indício que fosse, com certeza o carnaval estaria feito, bombas seriam pipocadas, manchetes escandalosas surgiriam em jornais, portais e tvs, além dos panfletos jogados aos quatro cantos da cidade e do guia eleitoral impiedoso a martelar a cabeça do eleitor.

 

Até agora se falou muito nos casos do Cuiá, da Emlur e agora do Samu. Todos em apuração, mas sem o envolvimento dos dois principais protagonistas da chapa. Nonato deixou uma Secretaria de Estado para ser candidato a prefeito. Depois passou à condição de vice de Cartaxo, que é deputado do PT e antes fora vereador. A dupla, se eleita, vai administrar a cidade ou apurando o que foi denunciado ou então botando uma pá de terra sobre o falatório. Se o eleito for Cícero, com certeza mandará escavacar o que ele chama de sujeira e eu prefiro considerar, ainda, denúncias.

O que há na verdade é o medo do senhor Luciano Agra, prefeito que dá apoio a dupla Cartaxo/Bandeira. Ele é o grande eleitor deste pleito. Foi graças a ele que Cartaxo deslanchou. Se não fosse Agra, Cartaxo nem teria ido para o segundo turno. Então se busca sujar o padrinho na tentativa de melar o afilhado. Isso pode funcionar. Mas também pode não dar em nada. O denunciado caiu no gosto do povo e poderá sofrer o efeito cururu, aquele que, quanto mais apanha, mais incha e cresce.