O ex-governador José Maranhão deu uma declaração esta manhã que me despertou a curiosidade de pesquisador, e o que descobri é verdadeiramente fantástico. Zé, a pretexto de queimar a candidatura do prefeito Luciano Agra, afirmou que João Pessoa não precisa de prefeito importado. Luciano Agra, para quem não sabe, é do Ingá, conterrâneo por conseguinte do indefecável Vavá da Luz, morou muito tempo em Campina e mora aqui desde que galinha ainda era dentuça. Mas a descoberta que fiz, interessantíssima, diz o seguinte:
Se Luciano Agra não pode ser prefeito de João Pessoa por ser um político importado, Zé Maranhão também não pode, porque importado é. O ex-governador é natural de Araruna, onde nasceu e se criou,fez vida pública lá e ainda hoje a familia manda naquele reduto brejeiro.
Mas vamos aos outros postulantes:
O senador Cicero Lucena, que já foi prefeito duas vezes de João Pessoa, é, igualmente, carta fora do baralho a prevalecer a tese de Zé. O caboclinho, embora tenha enricado na Capital como outros bravos sertanejos, é lá de São José de Piranhas, no final do Estado, já fazendo fronteira com o Ceará.
E o que dizer de Manoel Júnior, aquele das plenárias? Nasceu, cresceu e se fez na vida pública em Pedras de Fogo, cidade que dirigiu por vários mandatos e onde é considerado rei. Luciano Cartaxo, do PT, nasceu com os dinossauros de Sousa. A familia dele ainda está lá para não me desmentir. E por aí vão: Lourdes Sarmento é de Sousa, Italo Kumamoto é de Princesa, e, se brincar, nem Maria Doida é daqui, pois tenho notícias dando conta do seu nascimento lá pras bandas do cariri.
Se a tese de Zé Maranhão prevalecer, o jeito será Ricardo Coutinho renunciar ao cargo de governador e ser entronizado como prefeito sem precisar de eleição, já que é o único nascido por estas bandas, lá em Jaguaribe.