A tese de Gilberto 1
A prevalecer a tese do Procurador Geral do Estado, Gilberto Carneiro, de que a justiça que reconhece a legalidade de uma greve não obriga o empregador a pagar ao empregado que não trabalha, há que se perguntar ao Sindifisco se ele vai bancar a despesa dos auditores fiscais que ficarão, no final do mês, com os contra-cheques zerados. Porque o Estado vai descontar, o Procurador já disse, e o fez embasado em jurisprudências várias, daqui e do plano federal.
A tese de Gilberto 2
Poderão até dizer que o desconto é uma medida de força, de intolerância. Mas o movimento grevista dos agentes fiscais tem sido isso desde o inicio, um lado forçando a barra, o outro respondendo na mesma moeda, de modo que ganhará quem esticar melhor a corda.
Tudo lacrado
Seria, por outro lado, tapar o sol com a peneira ao se negar a ver que o movimento ganha antipatia do seguimento mais atingido, no caso o comércio, que tem suas mercadorias lacradas pelos grevistas nos caminhões transportadores, e fica no prejuízo.
20 milhões
Segundo os ditos prejudicados, o prejuízo deles já soma 20 milhões de reais, à base de 100 mil reais dia. Se os grevistas não sentem isso, explica-se: é porque não está doendo no deles e pimenta no dos outros é refresco, já dizia finada Damiana de Zidoro.
Só dois meses
Se os outros funcionários do Estado, tão ou mais precisados do que os fiscais, concordaram em esperar mais dois meses pelo aumento prometido para janeiro, por que o fisco também não espera? Quem está ganhando com essa greve?
A antipatia
Imagine como essa turma da greve vai encarar os outros servidores, se chegar janeiro e o aumento não sair porque não houve arrecadação. Será uma antipatia geral, de Cabedelo a Cachoeira dos Indios, a maior antipatia do mundo, ganhando até para o São João de Campina.
Vale conferir
O mais inteligente para os grevistas seria encerrar o movimento, esperar janeiro chegar e conferir se o governador Ricardo Coutinho vai mesmo cumprir o prometido. Se cumprir, ótimo, arretado, muito bem. Se não cumprir…
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