Restos do réveillon
Meu amigo João do Bar retornou pelas oito horas da festa do réveillon acontecida na praia. Pelo relato dele, a coisa foi bastante animada, porém mais uma vez a procura foi maior do que a demanda, ou seja, os banheiros químicos colocados pela Prefeitura não deram conta de tanta cagação e mijação e os festeiros fizeram o serviço nas sombras das esquinas, nas ruas transversais, aos pés dos postes e debaixo das algarobas. Resultado, amanheceu tanta bosta na rua que, se fosse juntada, dava para estrumar uns 100 hectares de hortas.
E haja carestia
Os vendedores ambulantes aproveitaram para tirar o atraso, cobrando até 5 reais por uma latinha de cerveja e 3 reais por uma garrafa de água mineral. E ainda se davam ao desfrute de dizer que comprava quem quisesse e achasse bom.
E o trânsito, ó…
Pior foi a volta para casa, os engarrafamentos quilométricos, os bebuns enchendo o saco, taxi nem por esmola tinha, um verdadeiro fuzuê, um mafuá, uma feira, uma esculhambação. A sorte é que a bandidagem se comportou direitinho e assaltou pouco.
Amor na areia
Alguns casais perderam o acanhamento e se amaram na areia da praia, na vista de todo mundo, se comportando como se estivessem no lugar mais deserto da terra, com direito a gemidos, fungados e gritos de “me mata que eu tô morreeennndo!”
O deserto
O primeiro dia do ano, como já era esperado, surgiu sozinho, quase ninguém na rua, somente alguns notívagos e bêbados ainda remanescentes da noite dando o ar da graça e procurando alguma biboca para tomar a saideira.
Sem chuva
A tão sonhada chuva que muitos esperavam ver no final do ano, não chegou. O tempo continua seco, além de seco, quente e além de quente, sem esperanças de mudança para os próximos dias. Enquanto isso, o sul se afoga com tanta água.
Agora, as contas
Foi tudo muito bom, foi tudo muito ótimo demais, as festas aconteceram, presentes foram trocados, o uísque deu no meio da canela, shows pirotécnicos e musicais explodiram no ar, mas agora chegou a realidade e as contas estão aí .