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Blog do Vavá da Luz

TIÃO LUCENA EM : Agora lascou !

Pronto, agora o mundo vai se acabar, o desastre é inevitável, o assombro toma conta de todos. E tudo isso porque o governador Ricardo Coutinho não foi à missa comemorativa ao aniversário de João Pessoa. Ele, o prefeito e a candidata Estelizabel faltaram, mas lá estavam, sentadinhos lado a lado e trocando figurinhas, os candidatos Zé Maranhão, Cícero Lucena e Luciano Cartaxo. Juntos, unidos e ungidos pela fé no Cristo salvador do mundo, os três, de mãos postas, joelhos dobrados e olhares fitando o infinito, pareciam a réplica dos apóstolos diante do Messias no Dia de Pentecostes.

 

Fingir todo mundo finge, mas político finge mais. Finge que tem fé sem ter, porque reza a Deus com uma mão e com a outra agrada ao diabo. Todos nós sabemos disso. Como, então, medir o caráter ou o sentimento de alguém pela presença desse alguém aos pés do padre?

 

O governador faltou à missa por algum motivo. Como costumam faltar Cícero Lucena, Zé Maranhão e Luciano Cartaxo. Desses três, por sinal, só Cícero tem aconchego com as coisas da igreja, costuma caminhar em Compostela homenageando a virgem, muito embora nas horas de ócio prefira um bom papo regado a contreau, porque ninguém é de ferro e a carne é fraca.

 

O engraçado é que ninguém repara quando uma autoridade falta a um culto evangélico. Taí a discriminação. Ou será que só vale a salvação e reza só tem futuro quando dentro da igreja católica, aos pés de Dom Pagoto?

 

Faz muito tempo que não vou a uma missa. Acho a cerimônia por demais tediosa. E a maioria das pessoas também acha. Vai por moda, porque é bonito se emperiquitar e desfilar seus vestidos e paletós pelos corredores da igreja. Cansei de ver o padre falando e os ungidos católicos formando rodinhas na porta da igreja para falar da vida alheia. Numa das vezes, num passado não muito distante, celebrava-se o adeus de certa autoridade e do lado de fora os seus saudosos amigos falavam mal da viúva.

 

Se alguém faltou à missa, que compense indo a Bagaceira comer siri mole com pão francês, ajudando na descida com uma boa lapada de brejeira. Depois mije para o mundo num daqueles descampados da cidade velha, perfumando o ambiente com a legítima essência bexigal.