Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

TIÃO BOTOU E EU INCAICO ATRÁS DELE

Comedor de Carne Viva!

 

 Depois que aquele conhecido mandatário informou ao mundo midiático sua preferência culinária por carne viva, grupos de estudos do comportamento humano reuniram-se extraordinariamente em vários pontos da cidade para tentar, através de pesquisas, debates e análises morfológicas das mais diversas, que tipo de carne era aquele.

Um desses grupos fez parada na Associação de Genivaldo Fausto, no Rangel, sob a Presidência do sociólogo    Jackson Bandeira e secretariado pelo aborígena Zé Maria Fontinelli, tendo ainda como participantes os indefecáveis Vavá da Luz, Geordinho Tampa de Furico, Jorge Bonga, Duri Duri, e, claro, o Tião Bonitão que vos fala, que secretariou os debates e se encarregou da divulgação dos resultados.

Incontáveis teses foram levantadas, todas imediatamente descartadas por falta de convencimento.

Uns achavam que a carne viva dita pelo dito cujo se referia a comida de japonês, que come peixe cru com gotas de limão, mas de logo esse argumento foi contestado pelo hilariante Jackson, que, com aquela delicadeza de sempre, virou-se pra Zé Maria e arremessou:

-Oh imbecil, peixe cru não é peixe vivo. O homem come carne viva, já esqueceu?

Fazia sentido, claro que fazia. O japonês come o peixe cru, mas antes de come-lo, mata-o, tira as tripas, as escamas, as espinhas e aquelas coisas do rabo. Não podia, portanto, estar falando de peixe nem de comida japonesa. O buraco era mais embaixo.

-Só se for ostra, já que ele, na idade que está, precisa engolir as bichinhas vivas para ter tesão -, arriscou Jorge Bonga, ele próprio usuário contumaz dessas delícias marítimas.

-Caralho, ostra não é carne, é crustáceo -, corrigiu-o Vavá da Luz, o maior comedor de cobra da Paraíba.

Foi aí que Duri-Duri, até então calado e comportado, levantou-se donde estava, e diante do silêncio sepulcral que o seu levantar provocou, matou a charada:

-Ele se referia a carne de priquito!.