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Blog do Vavá da Luz

NOTICIAS DA TERRINHA EM : SEU COMENTÀRIO VIROU MANCHETE : EFETIVOS FANTASMAS, TODOS TÊM MEDO.

Continuando no propósito contribuir com o debate sobre os reais problemas de nossa cidade, sugestões e ideias, quero hoje falar sobre mais um assunto polêmico que normalmente é esquecido ou escondido nas campanhas eleitorais de Ingá. Me refiro aos FUNCIONÁRIOS EFETIVOS FANTASMAS.

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Observando a gestão estadual vê-se que o governo Ricardo Coutinho recentemente tomou medidas corajosas contra esse problema no Estado instituindo os dois expedientes nas repartições públicas, convocando ao trabalho funcionários que até então não trabalhavam, acabando com diversos privilégios e caçando até fantasmas de verdade, mortos que recebiam salários.

-Estas medidas rendem ao governador a antipatia de boa parte dos funcionários públicos, porém tem ampla aprovação popular, assim como aconteceu na prefeitura de João Pessoa, quando foi eleito por duas vezes no primeiro turno.

Pois bem, aqui no Ingá, o prefeito Lula assim que assumiu efetuou um censo e atualmente está realizaando seu concurso público, praticamente obrigado pelo Ministério Público a fim acabar com a farra dos contratados. Tudo muito bem, mas antes de exigir o concurso público não seria correto também que o Ministério Público investigasse a existência de dezenas de funcionários fantasmas efetivos que não dão expediente algum na prefeitura e recebem seus salários todo santo mês, ocupando o lugar de pessoas que poderiam estar sendo útil a administração pública municipal?

E por que o prefeito Lula abre vagas em seu edital para funções que já estão ocupadas por pessoas que não trabalham? Não seria mais econômico para o município simplesmente convoca-las para trabalhar? Creio que sim. Mas continua aquele velho coronelismo de perseguir os adversários e proteger os correligionários e apadrinhados. Vejamos casos concretos amplamente conhecidos pela população, começando pela educação: o casal Ronaldo Guedes Correira e Katiússia Ionara Nogueira Veríssimo proprietários da escola particular CEMES onde trabalham diuturnamente na sua administração, recebem pela secretaria de educação do município, normalmente seus salários como funcionários efetivos da prefeitura municipal de Ingá sem prestar expediente algum.

Ou seja, (pasmem) recebem dinheiro da prefeitura para administrar sua escola particular. Que exemplo ético este casal de Diretores de escola particular estariam dando aos seus alunos? Por outro lado, acreditamos que o Ministério Público não pode fechar os olhos para esta aberração. Só para comparar, bem perto de sua escola particular está localizada a fábrica da Alpargatas onde os operários trabalham duro para receber seus suados e mirrados salários recolhendo impostos para sustentar fantasmas efetivos na administração pública.

Na educação de Ingá ainda tem outras distorções como a Sra. Rosenilda Rodrigues que possui duas portarias de professora e não ensina em nenhuma sala de aula. Consta no SAGRES professores como Pedro Seráfico de Oliveira, Albanita Catão de Vasconcelos , Nadja Solange da Silva, entre outros. Onde estes professores ensinam? Consta ainda o Sr. Cleberto de Souza Araujo recebendo como professor MAG- B 1, acumulando como Secretário Adjunto de Educação e ainda recebe como professor PB1 III, lotado na Prefeitura Municipal de Riachão do Bacamarte. Qual sala de aula este professor ensina, em que horário? Será que é onipresente para ocupar três cargos ao mesmo tempo em cidades diferentes?.

E estamos nos referindo apenas aos Efetivos Fantasmas sem falar nos diversos Comissionados Fantasmas como o Diretor de Escola semianalfabeto Valdir Lourenço da Silva que ganha a vida como motorista de transporte alternativo, diariamente transportando passageiros para Campina Grande, mas suga mensalmente da prefeitura salário de diretor escolar. Casos como estes existem dezenas, tudo na maior normalidade. Temos ainda como sintoma emblemático do desprezo pela educação do município o caso da empregada domestica da diretora escolar, Sra. Nalva, que constantemente dá aulas no Major substituindo diversas professoras em suas faltas, bem como substitui a própria diretora.

Talvez a doméstica Julinha que fica com as chaves da escola, ensine melhor que as efetivas, mas isso está totalmente errado, ela não é funcionária municipal contratada nem efetiva. Pois bem, Isso é uma pequena mostra de como é tratada a educação em nosso Ingá. É por estas e outra que as notas do IDEB municipal pioram a cada ano. Teremos mais uma geração de crianças perdidas. Até quando isso vai perdurar?

Estas distorções e funcionários efetivos fantasmas não são exclusivos da educação, estão espalhados por toda administração pública municipal como uma metástase. Por exemplo, na infraestrutura temos 13 pedreiros efetivos igual ao Sr. José Ivonaldo Pereira de Oliveira, que são efetivos e recebem seus salários sem fazer absolutamente nada, quando poderiam estar trabalhado em pequenas obras públicas do município, como a construção de banheiros, fossas sépticas ou reforma de casas de pessoas carentes. Temos diversos motoristas efetivos fantasmas como Aylsio Flaviano Morais da Luz, bom profissional, mas que ganha a vida viagens particulares para o sul do país quinzenalmente.

Assim também como o motorista efetivo Sr. Daniel Mendes da Silva comerciante de perfumes Lacqua di Fiori. Ambos são motorista efetivos, recebem da prefeitura sem trabalhar e ainda no atual concurso há vagas para mais motoristas. Na saúde temos o Sr. Jeovanio Abreu da Silva, que é Agente de Saúde Municipal, no entanto acumula outro cargo comissionado e quem ilegalmente faz seu trabalho é sua irmã, Iara Abreu da Silva, pondo em risco a saúde da população. Vale ressaltar que é a norma do 12º Núcleo Regional de Saúde da Paraíba, sediado em Itabaiana, não permite que um Agente Comunitário de Saúde acumule outra função e tampouco seja substituído em sua função por pessoas alheia ao serviço.

Esse é um assunto chato? Confesso que é. Qual o candidato que gostaria de falar sobre isso? Nenhum. Porém, distorções deste tipo é que ajudam a corroer os cofres públicos não sobrando dinheiro para investimentos primários. Isto faz parte de nossa realidade. É muito cômodo para o gestor municipal não mexer nisso e ficar dependendo exclusivamente de repasses do Estado ou da União, passando a ser um mero administrador de folha de pessoal inflada de Efetivos Fantasmas , contratados e comissionados, e ainda abre vaga em concurso para criar novos fantasmas, tudo em nome da conquista de votos para a próxima eleição. Ao nosso ver, isso não é justo nem legal.

Queremos afirmar que não temos nada pessoal contra estas pessoas que foram citadas como exemplo na atual má gestão. Apenas opinamos que elas recebam, mas trabalhem. Vendo pela ótica do jeitinho brasileiro e da “lei de Gerson” (levar vantagem em tudo) elas podem até estar certas, outros dirão que se tivessem no lugar delas também fariam o mesmo. Eu prefiro olhar pelo lado da ética profissional e administrativa, acho errado e devemos forçar o debate com os pretensos candidatos. Caros leitores deste conceituado blog, num ponto creio que estaremos de acordo, quem está mais errado é o gestor atual e anteriores, que aceitam estas distorções levando prejuízo a toda população, sendo conivente com esses privilégios

Só para efeito de comparação, o então prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho encarou isso de frente em sua gestão. Aqui esse assunto é tabu, as pessoas ou os políticos de oposição de ocasião geralmente concentram sua críticas no nepotismo, nos carros locados, nos funcionários contratados, nos superfaturamentos…etc. Que diriam eles sobre o problema dos Efetivos Fantasmas? Com a palavra os candidatos ou seus representantes e afins.

E o Ministério Público tão cioso com a exigência da realização do concurso público, o que sem dúvida nenhuma está correto, mas o que diria sobre esses casos acima mencionados? Com a palavra/ação, o Ministério Público

Camila

 

NOTA DO EDITOR ; O editor do Blog não tem opinião formada sobre a matéria, acha-se na obrigação de publicar por entender tratar-se de uma denúncia grave, cabe aos interessados que sentirem-se prejudicados, a defesa quanto a constatação da inveracidade da informação, o espaço está aberto

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