Eram 9 da manhã, no centro de João Pessoa, na calçada dos Armazens Esplanada. Enquanto o povo corria feito louco atrás das lojas e das compras, o garoto dormia sobre o papelão, tendo o céu como teto, o chão frio como colchão e a desesperança chegada antes do tempo a nortear seus dias de menino abandonado. Eis o retrato do natal que os festeiros de colunas sociais insistem em esconder debaixo do tapete.
Tião Lucena