Pesquisadores do Centro Médico do Sudoeste da Universidade do Texas (UT), nos Estados Unidos, descobriram um novo medicamente que reduz notavelmente os casos de crises de asma sazonal tanto em crianças quanto em jovens adultos. Os cientistas, em conjunto com oito instituições médicas por todo os EUA, conseguiram praticamente eliminar os picos sazonais da doença, e diminuíram significantemente a necessidade de se usar remédios de controle da asma.
Os médicos constataram que a medicação Xolair pode praticamente acabar com as crises quando incorporada ao tratamento comum passado aos pacientes. O Xolair contém um princípio chamado omalizumab que inativa as imunoglobulinas E (IgE), conhecidas por desempenhar papel importante na crise asmática.
“O número crescente de crises que são tipicamente verificadas tanto na primavera quanto no outono foi praticamente eliminado nos adolescentes e crianças que receberam o medicamento”, disse a doutora Rebecca Gruchalla, coautora do estudo e chefe do departamento de imunologia e alergia do Centro Médico a UT.
Só nos EUA, diz o estudo que mais de 20 milhões de pessoas diagnosticadas com asma sofrem da variante alérgica da doença. Dessas, 2,5 milhões são crianças. “Essas crianças são, geralmente, expostas a múltiplos alergênicos que são praticamente impossíveis de se controlar. Mas depois que adicionamos o omalizumab ao tratamento, a asma delas melhorou. Quem recebeu a medicação teve 30% menos crises”, afirma Gruchalla.
O estudo envolveu 419 pessoas, com idades entre 6 e 20 anos e que sofressem com crises persistentes de asma. 60% dos pacientes eram negros, e outros 37% latinos, tendo o estudo sido focado em minorias étnicas naquele país. Mais da metade eram meninos de 6 a 11 anos.
Cada paciente recebeu um tratamento padrão do governo norte-americano que durava 60 semanas. Durante esse período, alguns deles foram escolhidos aleatoriamente para tomar, junto com o tratamento, Xolair ou uma droga placebo a cada duas ou quatro semanas. “O uso de omalizumab pode contornar a batalha contra as partículas alergênicas presentes nos ambientes urbanos, algo que é quase impossível de se vencer hoje”, disse Rebecca Gruchalla.
LH
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