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Blog do Vavá da Luz

Santiago garante que recondução no PMDB não altera suas queixas

O ex-senador Wilson Santiago (PMDB) tem frequentado as manchetes políticas nas últimas semanas depois que externou suas queixas em relação ao PMDB e à falta de espaço para seu desejo de disputar o Senado em 2014 na chapa do partido.        Depois que o senador Vital Filho (PMDB) divulgou que o esforço seria para ceder a vaga de senador a um partido aliado, pôs início a uma crise que deve culminar com a desfiliação de Santiago, de seu filho, o deputado federal Wilson Filho e cerca de 30 prefeitos que seguem sua orientação política. Ontem, durante a convenção nacional do PMDB, Santiago foi reconduzido à executiva nacional da legenda. Muitos acreditavam que essa situação mudaria o pensamento do ex-senador e o faria desistir de deixar o partido. Ao Parlamentopb, Santiago garantiu que sua insatisfação continua inalterada e que a vontade de deixar o PMDB permanece.

Parlamentopb – O senhor foi mantido na executiva nacional do PMDB. Isso faz com que mude de ideia em relação à desfiliação?

Santiago – O que houve é que a chapa nacional foi mantida e aprovada sua manutenção. Eu estava na chapa e acabei sendo reconduzido. Tenho grandes amigos que me têm muita consideração na direção nacional do PMDB. Na Paraíba, isso não acontece na mesma medida. Eu não tenho tanta importância. Meu problema nunca esteve no PMDB nacional, mas na Paraíba.

Então, o problema continua?

A eleição da executiva nacional já era esperada e não altera o quadro. Continuo conversando com alguns partidos e com os prefeitos que me apoiam.

E a conversa com Lula? O senhor pensa em se filiar ao PT?

Ele havia me convidado há algum tempo e eu fui conversar com ele para dar uma resposta e analisamos juntos o quadro político. Mas, o PT tem muitas tendências. Eu estaria saindo de uma confusão e entrando em outra. Não faria sentido.

Mas, quando o senhor pretende decidir seu rumo partidário?

Tenho tempo. Estou conversando com os prefeitos e com aliados de minha base. Até agora, acho que já ouvi metade do grupo e tenho encontrado compreensão para com minha situação. Sigo conversando e analisando o quadro até a poeira baixar.

Seu plano para 2014 é mesmo disputar o Senado?

Sim. Preciso de um partido que me apoie neste sentido.

Há quem diga que o PTB já ofereceu essa garantia. Por que o senhor ainda não fechou questão?

Não gostaria de comentar isso.

Mas, seu ingresso na base do governador Ricardo Coutinho, caso aconteça, encontrou o veto de Cássio Cunha Lima. Ainda assim é viável?

Cássio não me vetou. Ele disse que não tinha nada contra mim. Isso não é veto. O que ele fez foi uma coisa muito natural. Ele tem que defender um espaço máximo para o PSDB na chapa, mas ele sabe que a participação em uma composição depende das possibilidades de um candidato ser eleito.

Além dele, o deputado Efraim Filho também disse que o senhor só é bem-vindo se for soldado…

Quem vai conduzir essa discussão é o governador Ricardo Coutinho. Quem entra em um partido, entra para ser soldado. Numa composição, isso é diferente. Quem diz o tamanho que se tem é a natureza da composição. Efraim Morais, por exemplo, chegou há três meses de uma eleição e não foi para ser soldado. Ele foi apresentado por Cássio Cunha Lima e ficou com uma vaga de senador, importante para ganhar aquela eleição. E tinha Wilson Braga e o próprio Ronaldo Cunha Lima, que perdeu o lugar para disputar o Senado. Mas, não quero polemizar com isso. Não tem quase nada certo para 2014.

O que está certo para 2014 até agora, na sua opinião?

Só está certa a candidatura à reeleição de Ricardo Coutinho. O resto é especulação. Ricardo será candidato e deverá haver alguém na oposição. Quem será, eu não sei

Assessoria de Wilson Santiago