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REPENTES NO BAR DO TIBA (por vavadaluz)

    Certa feita no  bar de tiba um amigo falando muito de gaia, eu disse :

 

 

O chifre é um troço tão vilão

Que o Bom Deus  quando o mundo foi criar

Procurou um sujeito pra botar

Pra começo, botou logo no cão

E pra sua maior decepção

Ele usa onde quer que apareça

O amigo também nunca se esqueça

Já que falar de chifre ele insiste

Que essa estória de chifre não existe

É coisa que ele só tem na cabeça

 

 

Quando Junior de Z… e o meu Júnior estavam em situação periclitante, abandonados, chifrados, pelas namoradas, um na casa da mãe e outro na casa do pai. O de Zeca, comprou uma égua maninha e passava

O dia todinho alisando a marmita aqui em casa, o juninho meu, perdeu tudo, mulher, namorada, morada

E ainda levou um processo

 

 

 

 

Meu amigo juninho, esse de Z…

Considero um sujeito popular

No detran foi um chefe exemplar

Não deixava cair nunca a peteca

Hoje anda somente de cueca

Amargando os percalços desta raia

Fulaninha botou-lhe um par de gaia

Com fulano hoje vive a desfilar

Ele tenta em vão se conformar

Com uma égua que tem na minha baia

 

 

 

Mas o outro juninho, o de vavá

Demonstrou o tamanho da competência

Pois perdeu duma vez e sem clemencia

A mulher, cinco putas e coisa e ta

Hoje mora na casa de Vavá

Num quartinho sombrio e sem janela

Passa dia e noite pensando nela

Dessa vida o pobre só reclama

Levou chifre e processo de fulana

Inda espera casar com a donzela

 

vavadaluz