Sob críticas veladas de colegas de Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa volta de nova licença médica nesta semana, mas já antecipou que não deve participar das sessões do plenário e da turma. Assim, processos polêmicos, a exemplo do caso Cássio Cunha Lima (PSDB), permanecerão à espera do ministro e da indicação pela presidente Dilma Rousseff do substituto da ministra Ellen Gracie, que se aposentou no início do mês.
Em outras palavras, mesmo com o retorno aos trabalhos, o ministro Joaquim Barbosa deve procrastinar ainda mais o processo envolvendo a posse do senador eleito com mais de um milhão de votos Cássio Cunha Lima (PSDB).
Barbosa relatou a colegas que ainda não se recuperou totalmente da cirurgia que fez no quadril. Disse que voltará ao gabinete e julgará processos que não demandam presença no plenário ou na turma, pois não tem condições físicas de passar horas sentado durante as sessões.
Na verdade, nem mesmo Cássio Cunha Lima sabe mais o que está ocorrendo em torno do desfecho do seu caso. Na manhã desta quarta-feira, (31), aparentando está atônito e sem saída, o tucano se utilizou do seu microblog e postou: “Acabo de pousar em BSB (Brasília). Fico me perguntando: o que vim fazer mesmo aqui?”.
Cássio já teve seu recurso provido pelo ministro Barbosa no último dia 3 de maio e até agora aguarda os julgamentos dos agravos regimentais interpostos pelo advogado do senador Wilson Santiago (PMDB), Bivar Souza Duda, José Andrea Magliano e pela Coligação ‘Paraíba Unida’ para efetivar sua posse no Senado.
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