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PROFESSOR MARCOS BACALHAO HOMENAGEIA O CASAL VAVA DA LUZ E LIA EM :A felicidade de um casal

marcos baclhao

“ É maravilhoso quando os casais se comportam como melhores amigos. E também quando melhores amigos se comportam como casais.”                    

Falar de amor, romance, candura e coisas do gênero são tão prazerosos, principalmente numa época em que a violência e os dissabores da vida são as  principais notícias e já começam a serem  encarados como normais que hoje eu resolvi falar disso, do amor entre as pessoas, da  convivência e da união estável entre o homem e a mulher.

            É bem possível que você já tenha conhecido alguém com mais de 30 anos de casamento; até quem sabe, 40 anos, mas nos dias de hoje, conhecer um casal que tenha ultrapassado a marca de 50 anos de união sem aparências e disfarces é realmente incrível.

            Eu enxergo os relacionamentos amorosos como se fosse um circo; se houver investimentos de novas atrações e pesquisas de novas tendências, ele continuará atraindo público, mesmo que os anos se passem ou a velhice lhe chegue de modo precoce, mas se ele se mantiver na mesmice, com os mesmos palhaços e os mesmos malabaristas, o público fugirá e  a velha lona depois de furada pelo tempo, pesará sobre o mastro frágil e desabará sobre as cabeças de seus criadores.

            Eu atribuo o meu fracasso no primeiro casamento , a falta de conhecimento e pressa de me  colocar entre os homens de respeito, mas a minha fórmula foi  falida e ineficaz. A situação desastrosa de um casamento pode trazer seqüelas imagináveis para dezenas de pessoas envolvidas direta e indiretamente naquele processo; são  familiares, amigos, filhos, sócios e esta roda  evolutiva é tão grande que as  proporções são de fato pouco conhecidas por quem jamais passou por isso e eu posso citar isso com a máxima autoridade.

            Vejam bem. A Constituição Federal promulgada em 1988 trouxe muitas modificações para os atos jurídicos e o que já era uma tendência, tornou-se consolidado como sendo  uma união muito mais comercial do que amorosa, embora ainda reze a incompetência para o casamento os incapazes mentais e menores de 16 anos, salvo com a devida autorização jurídica.

            Na década de 70, no Brasil houve uma busca incansável pelos antigos desquites, que na tradução plena significa “sem acordo” ou como se diz hoje, divórcio e os cartórios que recebiam centenas de pedidos de casamento, também começaram a receber milhares de  mandatos judiciais para separarem casais por força da lei, mas lá em início de tudo,  quando as mulheres começaram a descobrir quem tinham direitos e não mais  se importarem com os olhares sociais de descrédito e tida como prostituta e raramente conseguia recuperar a vida normal.

            Mas isso mudou tanto que hoje é mais comum descasar do que o contrário, portanto, eu homenageio nesta crônica singela o casal Vavá da Luz e D. Lia, que conseguem nos provar que o casamento não é uma instituição que já nasce falida; que o casamento é uma das poucas formas de união civil  que pode fazer com que o ser humano cresça, economize e se mantenha sólido e altivo perante seus pares na sociedade.

            Lembrando as sábias palavras de um velho amigo, que sempre me citou que “viver é uma arte” e viver bem, feliz, é uma arte ainda mais fácil de praticar, basta apenas enxergar que os grandes valores pode estar perante de nós, sem camuflagem e sem códigos para desvendar, mas que infelizmente enxergamos sempre o contrário e fazemos da vida um  “cavalo de batalha”, difícil de domá-lo e normalmente impossível de compreendê-lo.

            Parabéns aos casais que nos deixaram esta lição magnífica e que os nossos casais consigam se manter firmes na luta incansável pela felicidade. Tenho dito.