Há algumas décadas atrás, o Rio Grande do Norte era um dos Estados mais pobres do Brasil. A partir da década de 1970, começou a ser explorado o petróleo no Estado, e daí para frente o RN começou a ter um grande crescimento econômico. O RN é o segundo maior produtor de petróleo do país e o primeiro em terra. Além do petróleo, começou a ser explorado o camarão em cativeiro, fazendo do Estado o maior produtor nacional desse crustáceo. O sal, que já vinha sendo explorado desde o período da colonização, feito de maneira artesanal, começou a ser explorado mecanicamente, aumentando a produção. O RN responde por cerca de 95% de todo o sal produzido no país.
A construção da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, na década de 1980, e as barragens de Santa Cruz, no município de Apodi e de Umari, no município de Upanema, permitiu o desenvolvimento da fruticultura irrigado, fazendo com que o Sertão potiguar se tornasse uma verdadeira “ilha de modernidade”, e ser o maior produtor nacional de melão.
A produção de cerâmica vermelha (telhas e tijolos), aliada à mineração, fez da Região do Seridó uma das regiões semiáridas que mais crescem atualmente.
O programa de adutoras, desenvolvido pelo Governo do Estado, leva água de boa qualidade dos grandes reservatórios para abastecer as populações das mais longínquas partes do RN.
Há também a construção dos Distritos Industriais, que atraem empresas de outras partes do país e também de outros países, por meio de incentivos fiscais, mão de obra barata e infraestrutura para a instalação dessas empresas, gerando emprego e renda para a população.
São esses e outros fatores que fizeram do RN o “elefante branco” do país, uma referência ao Estado norte-americano de Maine.
A Paraíba, é hoje um dos estados nordestinos mais pobres. Porém, é um dos que tem a maior probabilidade de crescimento econômico, graças a sua riqueza natural.
Apesar do Estado não ter sido privilegiado pela mãe natureza, em termos de petróleo e sal, o Estado é beneficiado com outros fatores, como por exemplo, a umidade do Brejo Paraibano.
Essa região, além de ser uma das regiões do agreste nordestino com o maior índice de umidade, devido à altitude, é beneficiada com solos ricos em matéria orgânica, o que pode beneficiar o cultivo de frutas, principalmente com destino à exportação. A altitude já beneficia os municípios por meio do Festival do Frio, trazendo turistas para a região, mas pode-se fazer muito mais, como a realização dos festivais de gastronomia, os carnavais fora de época, o incentivo de turistas para as festas de padroeiro, dentre outras. O setor de turismo, inclusive, é a que mais vem crescendo no Estado, graças as suas belezas naturais.
O Sertão, também pode ser beneficiado, graças as grandes barragens existentes nessa região. O açude Coremas/Mãe D’Água, junto com outros grandes açudes, como o Epitácio Pessoa, em Boqueirão, o Araçagi, em Araçagi, o Engenheiro Ávidos e Lagoa do Arroz, em Cajazeiras, Cachoeira dos Cegos, em Catingueira, o Acauã, em Itatuba, o Saco, em Nova Olinda, dentre outros reservatórios existentes no Estado, poderão, além de serem utilizados para o projeto de adutoras, poderá servir para a produção de frutas, verduras e leguminosas, por meio da irrigação.
O Porto de Cabedelo, tem condições de se tornar um dos portos mais movimentados do Nordeste, contribuindo para elevar as exportações do Estado.
A Paraíba é rica também em minérios, onde mais de 90% de todo o território paraibano é coberto por algum tipo de rocha mineral, porém, falta mão de obra para a exploração desses recursos. Se o Governo do Estado, junto com as prefeituras, investirem na capacitação desses trabalhadores, poderá haver um grande crescimento econômico nessa área.
Na pecuária, o Estado tem grande potencialidade para o desenvolvimento dessa atividade. A região do Cariri já se destaca na caprinocultura. Manelito de Taperoá, é um dos maiores caprinocultores do Nordeste, e essa atividade é, junto dom a criação de bovinos, a principal renda de muitos agricultores do Estado.
Campina Grande, vem se destacando principalmente na formação de pessoas qualificadas para o mercado de trabalho, e é hoje conhecida como a “Cidade Universitária”, além de disputar com Caruaru, em Pernambuco, o titulo de Capital Mundial do Forró. A cidade é também, de acordo com a revista norte-americana , o maior polo tecnológico da América Latina e um dos principais polos industriais do Nordeste.
O Parque Industrial de João Pessoa, possui um grande complexo de indústrias, e tem condições de aumentar em muito o número de indústrias instaladas, gerando emprego e renda para a população. O turismo é bastante forte na cidade, pois além de suas belezas naturais, a cidade é o ponto mais a leste do Brasil e das Américas, com uma latitude de 34º47’30”W, que se localizada na Ponta do Seixas , na Praia de Cabo Branco.
Outras atrações que podem beneficiar no desenvolvimento econômico da Paraíba, estão espalhadas no litoral, como a Praia de Tambaba, localizada no município de Conde, que é conhecida como a primeira praia do nudismo do Brasil. O interior do Estado também tem grande potência para desenvolver o turismo, como o Lajedo do Pai Mateus, uma formação rochosa localizada no município de Cabaceiras, e as itacoatiaras em Ingá, um complexo de inscrições rupestres encontradas no município de Ingá, que relembram tempos da pré-história humana.
São esses e outros atrativos, que se for bastante explorado pelos governantes, não só o atual, mas também pelos que virão no futuro, que poderão fazer da Paraíba um celeiro do crescimento econômico do Nordeste.
Professor Marciano Dantas – Natal/RN.