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PROF MARCIANO DANTAS EM : ESTADOS UNIDOS, A DECADÊNCIA DE UMA POTÊNCIA

A América Anglo-Saxônica é formada por dois países: os Estados Unidos e o Canadá. Esses países possuem um amplo território.

Além da grande extensão territorial, esses dois países também se destacam em razão do seu elevado desenvolvimento econômico e do processo de colonização pelo qual passaram. A colonização na porção norte do continente americano iniciou-se no século XVI, com os ingleses.

A maioria dos colonizadores vieram para as terras americanas fugindo das perseguições religiosas na Europa. Esses colonizadores criaram um vínculo com o lugar, plantando, cultivando, construindo suas cidades e constituindo famílias.

Os territórios colonizados pelos ingleses ficaram conhecidos como as Treze Colônias. Essas colônias deram início à nação estadunidense, influenciando também a colonização do Canadá.

As Treze Colônias eram divididas em Colônias do Sul e Colônias do Norte. Porém, essas colônias tiveram um modelo de colonização diferenciadas entre si.

O Sul, apresentou características típicas da colonização de exploração, onde as terras foram divididas em grandes latifúndios, baseados na monocultura do algodão e do tabaco, com uso intensivo de mão de obra de africanos escravizados, a produção voltada para o mercado externo.

O Norte, apresentou uma colonização diferenciada, ou seja, uma colonização de povoamento, com o predomínio de pequenas e médias propriedades, o trabalho livre e assalariado, a produção voltada para atender ao mercado interno, o incentivo a instalação de indústrias, dentre outros.

A diferença entre o Norte industrializado e o Sul agrícola, levou os EUA a uma guerra civil, entre 1861 a 1865, conhecida como a Guerra de Secessão, onde o Norte saiu vencedor, provocando a libertação dos escravos no país.

A partir daí, o país começou a ter seu parque industrial difundido pelo seu território.

Os EUA, começaram a ser uma potência mundial a partir da Primeira Guerra Mundial, quando a Europa, que na época era a maior potência econômica mundial, ficou arrasada após a guerra, servindo para que os Estados Unidos fosse o grande fornecedor de produtos para o continente europeu. A Segunda Guerra Mundial, fortaleceu esse domínio, onde durante o período de 1945 à 1991, o país disputou acirradamente com a União Soviética o poder hegemônico mundial, no período denominado de Guerra Fria.

A Guerra Fria serviu para os EUA aumentar seu poderio mundial, e hoje o país é a maior potencia econômica mundial.

Com o fim da União Soviética e a criação de 15 novos países, os EUA passaram a ter uma hegemonia do poder mundial. Isso fez com que o país se autoproclamasse o único com o direito de mandar e desmandar nas questões relacionadas a economia e a geopolítica mundial.

Com base nisso foi criada em 20 de setembro de 2002, pelo então presidente George W. Bush, a Doutrina Bush, onde o país tinha o direito de tratar como terroristas os países que abrigam ou dão apoio aos grupos terroristas. Isso foi uma justificativa utilizada para a invasão no Iraque e no Afeganistão.

Essa doutrina promoveu o desgaste da imagem dos Estados Unidos perante o mundo. Preocupado com as questões internacionais e menos com as questões internas, o país começou a mergulhar em uma crise sem precedentes.

A doutrina Bush mudou a direção das relações internacionais dos EUA, substituindo os princípios da contenção da época da Guerra Fria – baseada na persuasão e dissuasão – pelos ataques preventivos. Consolidou o unilateralismo como princípio como princípio norteador da nova politica externa norte-americana, indiferente aos tratados e instituições internacionais.

Apesar do presidente norte-americano atual ser oposto ao seu antecessor, a crise no país se arrasta há quase uma década e não há previsão de recuperação. O  país vem tendo um crescimento econômico pequeno em relação a outros países. Enquanto a China, que vem crescendo em torno de 8% a 10% por ano, os EUA vêm tendo um crescimento entre 2,5% a 3% a.a. Se persistir esse crescimento, nos próximos 15 anos os Estados Unidos perderão o título de maior potência para a China, podendo ficar apenas entre as 5 nos próximos 100 anos.

Isso mostra que não basta querer abraçar o mundo sozinho esquecendo daqueles que estão ao seu redor, pois quanto maior for o objeto, maior será sua queda.

Professor Marciano Dantas – Natal/RN.