“As 15 pessoas presas na “Operação Medusa” já se encontram recolhidas no Presídio Padrão de Campina Grande, mas nós não vamos revelar os nomes agora para não atrapalhar a investigação, uma vez que novos fatos podem acontecer”. A informação é do delegado Walber Virgolino, corregedor Geral do Detran, acrescentando que as investigações foram feitas em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e com o Ministério Público através do Gaeco.
Ele contou que o trabalho foi em conjunto e os fraudadores cometeram um erro que levou a identificação e prisão dos envolvidos. O delegado informou que eles montaram um esquema para favorecer analfabetos e pessoas de outros estados que vinham para a Paraíba tirar a carteira de motorista.
Como eram pessoas de fora do estado, eles forneciam um endereço da zona rural de um determinado município e para comprovar uma conta de luz, som que eles faziam uma montagem da conta para colocar os dados pessoais do interessado, mas não alteravam o número do CDC que identifica o usuário e o valor da conta, uma falha repetida várias vezes que terminou facilitando a investigação.
Ele disse que o esquema agia na Ciretran de Campina Grande há algum tempo com a participação de funcionários do Departamento e da gráfica onde a carteira de motorista era confeccionada, donos de auto-escolas, despachantes e “piabeiros”, que são pessoas que fazem emplacamento no Detran sem ter a credencial de despachante.
Ele contou que os foram 15 mandados de prisão e mais 20 mandados de busca, cumpridos nas cidades de Sousa, Alhandra, Taperoá, Umbuzeiro e na cidade de Campina Grande onde aconteceram algumas prisões. O delegado Walber Virgolino disse que as investigações dentro do Detran começaram em janeiro passado, mas a polícia rodoviária federal já vinha investigando o caso a algum tempo.
O corregedor geral do Detran revelou que as investigações vão continuar e novos fatos poderão aparecer nos próximos dias.
Jonas Batista
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