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Blog do Vavá da Luz

Presidente do TJPB diz que decisão do STF gera instabilidade jurídica

Presidente do TJPB diz que decisão do STF gera instabilidade jurídica

Presidente do TJPB, Márcio Murilo – Foto: Arquivo

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador Márcio Murilo, considerou retrocesso a decisão do STF que altera a jurisprudência que desde 2016 tem permitido a prisão após condenação em segunda instância. Para Murilo, o novo entendimento do Supremo gera instabilidade na jurisprudência do país.

“Vejo um retrocesso. No próximo ano será nomeado um novo ministro. Se ele tiver uma posição diferente da maioria, a situação pode voltar de novo. Isso não é bom. Gera muita instabilidade jurídica”, comentou o paraibano se referindo ao decano Celso de Mello, que completará 75 anos e deixará a corte em novembro de 2020.

A questão já havia sido discutida recentemente pelo Supremo ao menos quatro vezes. Em 2016, quando houve decisões temporárias nas ações que estão sendo julgadas, por 6 votos a 5, a prisão em segunda instância foi autorizada. De 2009 a 2016, prevaleceu o entendimento contrário, de modo que a sentença só poderia ser executada após o Supremo julgar os últimos recursos.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a decisão terá impacto na situação de 4,8 mil presos com base na decisão anterior do STF que autorizou a prisão em segunda instância. Os principais condenados na Operação Lava Jato podem ser beneficiados, entre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

MaisPB/vavadaluz