Por Marcos Maivado Marinho
O policial militar Janderson Pereira, da ROTAM, que nas horas vagas prestava serviços de segurança privada em bares e restaurantes, foi assassinado por volta das 22:30 hs. desta quinta-feira (12) em Campina Grande, quando tentava evitar um assalto ao restaurante JIN, na avenida Manuel Tavares, bairro Alto Branco.
O estabelecimento comercial teria sido alvo de uma ‘arrastão’ promovido por assaltantes e quando o policial reagiu à ação criminosa foi baleado com vários tiros, morrendo ainda no local antes de receber atendimento médico.
Policiais Militares integrantes do 2º Batalhão da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Souza Neto, realizam rondas desde a madrugada com o objetivo de localizar os suspeitos, no entanto, até a manhã desta sexta-feira (13), não lograram êxito.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Departamento de Medicina Legal (DML), onde está sendo submetido a necropsia.
PREMONIÇÃO
Por ironia do destino, na última quarta feira Janderson conseguiu prender no bairro do Jeremias Fábio Félix da Silva, 27 anos, que há quatro anos era acusado de matar com 10 tiros na cabeça o cabo Fidelis. O assassino do cabo foi detido em flagrante por uma guarnição comandada por ele e composta por outros três oficiais e agora o destino o colocou na linha de tiro dos bandidos.
No seu perfil no Facebook amigos não acreditavam no que tinha acontecido com o soldado Janderson, que tinha 25 anos e amava sua função. Em tom de tristeza e revolta muitas pessoas prestaram solidariedades à família do militar e lamentaram o ocorrido, criticando os deputados federais e a presidenta Dilma por falta de leis rígidas que visem punir de fato e de verdades os bandidos, e também o governador da Paraíba pela fragilidade da politica de segurança publica em Campina Grande.
Como em premonição, até parece que o policial já sabia que ia morrer. Na sua páginano seu Facebook ele havia postado um verso da musica “Do Lado Escuro da Lua”, de Capital Inicial, isto sete horas antes da sua morte, como se fosse uma despedida:
“Sempre tem alguma coisa errada
Às vezes o que sobra é o que nos falta
Algo que não vemos, não sentimos
Tudo que não temos, mas nos fingimos
Eu quase fiz o que eu queria
Eu quase tive algo que eu podia
De novo esse quase, esse sempre, esse nada
Comigo nessa longa e tortuosa estrada”