Segurança: Clima esquentou na reunião do Gabinete de Gestão Integrada e coronel é acusado de engavetar processos contra os maus policiais
De acordo com a Corregedoria da SSP, coronel Euller não teria pulso para punir os maus policiais (foto)
Como o Jampanews suspeitava o clima no interior do Sistema de Segurança continua em ebulição e o motivo o de sempre: o desempenho e as atitudes do comandante geral da PM, coronel Euller Chaves.(FOTO)
Na última quarta-feira (9), durante a reunião do Gabinete de Gestão Integrada (CGI,), os ânimos exaltaram-se, e só não houve um incidente mais grave por causa da interferência da turma do “deixa-disso”; que entrou em campo para acalmar as partes em conflito e evitar repetição de cenas que já marcaram a gestão de Ricardo Coutinho, quando do confronto entre auxiliares que, por muito pouco, não terminou em tiroteio dentro da Secretaria de Administração Penitenciária.
O episódio quase se repete na Secretaria de Segurança e Defesa Social quando o corregedor geral das Polícias paraibanas, coronel Siqueira da PM de Pernambuco, resolveu interpelar o comandante geral, Euller Chaves, criticando a forma como o colega paraibano conduz os problemas da corporação.
Diante de todo mundo, Siqueira não poupou o verbo para acusar Euller de ser negligente na punição aos maus policiais, inclusive engavetando os processos que saem da corregedoria contra eles.
Contundente, Siqueira acusou Euller de não ter pulso e coragem para apurar as denúncias contra os policiais que transgridem a Lei.
E foi mais longe ao incluir entre esses policiais que não honram a farda aqueles que integram grupos de extermínio. Segundo as informações que chegaram ao Jampanews de fonte das altas esferas da Secretaria de Segurança, o coronel estaria engavetando esses processos deixando impunes esses policiais.
A denúncia tem uma gravidade imensa porque mexe na ferida da corporação eternamente sob suspeita de abrigar criminosos em suas fileiras, segundo o deputado federal Luiz Couto.
Agora, ela transpira dos gabinetes da Secretaria em razão de uma discussão acirrada entre o corregedor – pessoa da maior confiança do secretário – e o comandante da PM acusado de negligência e tibieza no exercício da função.
Ainda de acordo com a fonte, o comandante “tremeu” nas bases, amarelou e, para sobreviver mais uma vez, e se ver livre do “abacaxi” e das acusações do corregedor, expediu uma portaria transferindo para o sub-comandante, coronel Castro, a missão de fazer aquilo que é inerente ao seu cargo: o de apurar e concluir os inquéritos contra os maus policiais da corporação
Pela primeira vez o assunto grupo de extermínio tem um alvo concreto: o comandante geral da PM, acusado pelo corregedor de se omitir na apuração das denúncias contra os integrantes da corporação suspeitos de participarem dessa modalidade de crime.
A discussão e as acusações foram testemunhadas pelos integrantes do Gabinete de Gestão Integrada e a portaria do Comandante transferindo o abacaxi já chegou para as mãos do coronel Castro, para as medidas necessárias.
A gravidade do fato merece uma reflexão do governador e as providências têm que ser tomadas antes que os bombeiros interfiram e, mais uma vez, os graves problemas que esquentam a atmosfera da Segurança Pública sejam novamente maquiados através de operações policiais como as que estão sendo implementadas com o único objetivo de disfarçar a realidade dos gabinetes.
O coronel Euller tem sido e permanece sendo pelos fatos recentes que chegam ao conhecimento público a peça destoante do Sistema de Defesa, mas por razões que todos desconhecem se mantém vivo e atrapalhando o bom andamento da Segurança Pública; ou com interferências desastrosas ou com omissões perigosas e constrangedoras para qualquer Governo que se considere sério haja vista sua atuação na apuração de denúncias contra os maus policiais, como lhe foi passado em rosto pelo corregedor, coronel Siqueira.
Fonte: Jampaws.com