O Brasil tem vivido nos últimos meses, uma onda gigantesca de protestos. Esses protestos começaram em Natal, quando estudantes saíram às ruas para protestar contra o aumento da passagem de ônibus. Do aumento das passagens de ônibus os protestos buscaram novas reivindicações, como o combate à corrupção, o fim dos privilégios dos políticos, os baixos salários, a falta de investimentos em saúde, educação e segurança, o passe livre, entre outros.
Graças a esses protestos, muita coisa mudou no país. O Congresso Nacional estava prestes a votar a PEC-137, medida na qual iria impedir o Ministério Público investigar os políticos corruptos do país, além de anular o aumento da passagem de ônibus em muitas capitais do país.
Quanto à questão do passe livre, é uma reivindicação justa, principalmente para àqueles que precisam utilizar o transporte público e não têm condições de arcar com sua passagem para estudar. O problema é: “quem vai pagar por essa gratuidade?”.
Apesar de o transporte ser público, as empresas são todas privadas, e como toda empresa privada capitalista o seu principal objetivo é a busca incessante pelo lucro.
No Brasil, o Governo Federal resolveu investir pesado em benefícios sociais aos mais pobres, como o Bolsa Família, o Bolsa Escola, entre outros. Esses benefícios vêm contribuindo para diminuir a pobreza extrema que existia no país. Porém, para realizar esses benefícios, o governo tem que buscar recursos e, infelizmente, esses recursos são tirados do bolso do povo brasileiro, por meio dos impostos.
Estudos feitos comprovaram que, após a criação desses benefícios sociais, os impostos quase que triplicaram.
Se o passe livre começar a valer, de onde será tirado o dinheiro para cobrir a gratuidade de transporte das pessoas que serão beneficiadas.
Já pagamos muitos impostos. Chega de criar benefícios sacrificando a maior parte da população.
Professor Marciano Dantas, Natal / RN.
