O Grupo de Operações Especiais (GOE) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam na manhã de ontem, na “Operação Playboy”, cinco integrantes de uma quadrilha que clonava cartões de crédito na Paraíba e Pernambuco. O grupo é acusado de comprar e revender produtos ilegalmente. Segundo o delegado do GOE, Jean Francisco, os acusados realizavam, inclusive, festas luxuosas com banhos de uísque e acendiam cigarros queimando notas de R$ 50. Para a execução dos crimes, o grupo tinha consentimento de funcionários de lojas e estabelecimentos comerciais. Há suspeita de que empresários sejam integrantes da quadrilha.
Jean Francisco informou que, inicialmente foram presos os pernambucanos André Cruz Souza Leão, de 31 anos, e Gustavo Henrique Feijó Pessoa, de 32 anos, e os paraibanos Felipe Brito Germóglio, de 32 anos, e José Nilson Dantas Júnior, de 29 anos. Posteriormente, o pai de um deles, José Nilson Dantas, de 54 anos, foi até a delegacia prestar esclarecimentos sobre seu filho e também foi preso.
Foram apreendidos com os acusados um veículo modelo Hyundai i30, roubado; um veículo modelo L-200; sete motos; um quadriciclo; 16 aparelhos de ar-condicionado e um jet ski. Segundo Jean Francisco, os acusados faziam compras de alto valor à vista – como o jet ski de R$ 60 mil e o quadriciclo de R$ 20 mil -, o que ajudou a investigação.
“Eles nem ofereceram resistência a prisão, porque encontramos com eles um veículo roubado. Nas oitivas eles logo confessaram os crimes, apontando os nomes de outros integrantes do grupo e dos lugares onde eram instaladas as máquinas chupa-cabras”, disse o delegado.
Jean Francisco informou que, ao todo, a quadrilha deve ter, no mínimo, mais 10 integrantes. “E ainda vão acontecer prisões grandes. Temos informações que levam a outros envolvidos que já estamos investigando”, disse. Segundo ele, há suspeita de que empresários façam parte do esquema de clonagem de cartões. Os acusados vão responder pelos crimes de estelionato, receptação e formação de quadrilha armada.
O delegado explicou que os acusados compravam bancos de dados contendo informações das vítimas pela internet e instalavam as máquinas chupa-cabras nos aparelhos de pagamento dos estabelecimentos comerciais de João Pessoa e de Recife, como lojas e postos de gasolina, com consentimento dos funcionários.
Quando os clientes passavam os cartões nas máquinas, os dados eram copiados para o equipamento chupa-cabra e copiados para um cartão clonado no nome dos criminosos. Quando eles faziam compras, os valores eram debitados direto nas contas das vítimas. Os produtos comprados eram, depois de algum tempo de uso, entregues a atravessadores que os revendiam clandestinamente.
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