Bastou o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo solicitar uma audiência ao governador para o que deveria ser normal logo se tornar especial.
Fosse Ricardo um governador republicano e de fácil convivência o Palácio viveria cheio de aliados e adversários e isso seria normal, pois aquele prédio existe para a interlocução entre os poderes e autoridades, como também para receber o povo.
Mas, como se acha a hóstia consagrada, dono, ao invés de simples inquilino, a ida de um prefeito da oposição ao Palácio arvoram ilações sobre o que pode e o que não pode ir além de um encontro protocolar.
O governador e o prefeito deveriam firmar parcerias em todos os anglos possíveis e quem ganharia muito com isso seria a população da Capital.
Podem até Cartaxo e Ricardo virem a se converter em aliados, unidos pela candidatura de Dilma e o esforço de palanque único, bastando tão somente que PSB e PT se unam no plano nacional e o governador de Pernambuco deísta da candidatura a presidente…ou quem sabe uma traição de RC ao seu presidente nacional Eduardo Campos?
No momento, vejo dois gestores se unindo para se defender mutuamente da onda popular que emana das ruas tipo tubarão cercando a presa. Cada um em sua ilha administrativa, de repente um começou a mandar uma garrafinha de naufrago com bilhetinho para o outro.
Aguardemos o desfecho. Como dizem lá em Minas, “mineiro só é solidário no câncer”. Traduzindo: marinheiro em mar revolto compartilha bússola, colete salva vidas e até bote. Basta voltar a calmaria para um querer ver o outro afogado.