Em que pese os ânimos e as relações no coletivo estarem estremecidas há algum tempo, a vereadora Sandra Marrocos, do PSB, não agrega em nada à candidatura Estelizabel Bezerra, da qual é franca defensora, ao abrir um campo de confronto direto contra a secretária Roseana Meira, quem tem resistido a acatar posicionamento da direção do partido sobre a disputa majoritária em João Pessoa.
Ao bater em Roseana Meira, dizendo agora o que não dizia há pouco mais de seis meses, demonstrando assim forte espírito casuístico, Sandra Marrocos impõe um dilema a Estela: afinal, este projeto que esta aí, e que é a bandeira de defesa de Estela na campanha, tem ou não tem uma gestora da saúde conectada com os principais problemas da área?
Porque se não tem, como Sandra Marrocos está sugerindo, então, o projeto não pode ser defendido. Se não tem, como Sandra sugere, Ricardo Coutinho errou em ter escolhido Roseana Meira como secretária de Saúde e, pior, insistiu no erro ao mantê-la na pasta acima de tanta resistência à época de algumas categorias.
Se escolheu Roseana e a manteve até o ultimo dia de sua gestão, é porque ela representava e personificava aquilo que o projeto quer: uma mudança nas práticas da gestão de saúde de João Pessoa.
Não adianta tentar desvincular uma coisa da outra.
Veja que Sandra Marrocos não está criticando ou confrontando a postura política de Roseana Meira frente à candidatura de Estela. Pois é tão somente ao que deveria se ater se quisesse colocar em discussão pública a postura “rebelde” de Roseana.
Falar mal da gestora no campo administrativo é falar mal, indiretamente, do projeto e, por tabela, mal de si mesma.
Luís Tôrres