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Blog do Vavá da Luz

O PMDB E O SEU PRAGMATISMO OPORTUNISTA (Chico Pinto)

O Partido dos Trabalhadores que se cuide e a presidenta Dilma ainda muito mais, pois, diante da fragilidade política e administrativa do governo, provada pelas recentes pesquisas de opinião pública, os números negativos estão mexendo com as entranhas oportunistas do PMDB. 

Há uma forte corrente dentro do próprio PT, que já admite que os peemedebistas, silenciosamente,  romperam a aliança com o governo “e só não avisaram até agora porque nem sempre é conveniente deixar as coisas claras”.

            Conforme a Isto É, desta semana, “os petistas avaliam que em votações importantes dos últimos dias o PMDB revelou mais do que um desacordo momentâneo. Mostrou vontade de agir por conta própria, atuar com independência e até abrir-se para alianças novas em 2014 – exatamente numa conjuntura em que Dilma enfrenta a primeira crise grave de seu governo”.

            Pragmático e oportunista,  o PMDB não sabe conviver no ostracismo político, pois, tem plena convicção, de que não sobrevive sem as “tetas” salientes do governo. O partido tem o faro  e a fome de um felino guloso, notadamente, por verbas públicas, cargos e benesses outras. E, diante do desequilíbrio popular do PT, já se prepara e se antecipa em mudar o seu roteiro para sair em busca daquele com perspectiva de vitória em 2014.

            Alguns fatos recentes têm levado o PMDB a repensar a aliança firmada com PT. A queda de popularidade da presidenta Dilma é apenas um dos fatores. Os caciques peemedebistas têm observados, principalmente, o “namorico” ainda secreto,  de Lula com Eduardo Campos, que pode se transformar em casamento, caso o ex-presidente resolva substituir Dilma em 2014. Eduardo não só apoiaria Lula como poderia ser seu vice, o PSB substituindo o PMDB, levando o partido a perder o segundo cargo mais importante na hierarquia política.  

            Há ainda quem considere que Lula, não desejando concorrer, tentaria convencer o PT a apoiar a candidatura de Campos à Presidência no caso de Dilma estar definitivamente enfraquecida. São especulações que rondam o mundo político enquanto cada um tenta adivinhar para onde o vento estará soprando em 2014.

            Isso, ocorrendo,  só existe duas saídas viáveis para o PMDB: lançar candidato próprio ou cai nos braços de Aécio Neves e, até mesmo, nos de Marina Silva, isto se ela tiver perspectiva de vitória. O certo é que o partido  não irá naufragar facilmente, pois uma agremiação que conta com a esperteza e o caciquísmo de um Sarney, de Carlos Eduardo Alves, de um Renan e de tantos outros, dificilmente morrerá na praia.

O partido não tem vocação para servir de isca, pelo contrário, tem apetite voraz para engolir aquele que não lhe tem mais serventia. Mesmo que, em outras oportunidades, seja obrigado a expelir.