Um deputado estadual no Maranhão, depois do apelo popular e por força da lei, ao ver seus salários caírem para 15 anuais dos 18 que recebia, saiu com esta máxima: ” se vocês forem na conta de qualquer um deputado aqui, vai ver que no dia 15 já não há mais dinheiro, pois temos que ajudar muita gente, o deputado é uma instituição de caridade”. Outra deputada disse: deputados gastam muito, precisam viajar, ajudar as pessoas é uma pena esta diminuição nos nossos salários”. Seria hilário não fosse trágico. É vergonhoso quando pensamos que um deputado abocanha quase 400 mil reais de salários por ano, enquanto um professor recebe míseros R$1.450,00 mensais para trabalhar 40 horas, e ainda tem que ver estes mesmos deputados unindo forças para não pagar tal salário ao professor pois argumentam: é incompatível com a realidade dos cofres públicos. Era assim na antiguidade quando a sociedade estamental se subdividia entre nobreza, clero e terceiro estado, este último tinha que conviver com as migalhas e humilhação dos primeiros. Hoje, assistimos muitas vezes passivos, uma classe de pessoas,em sua maioria desprovidos de qualquer formação, mas munidos de esperteza, subjugar a maioria, e mais do que isto, o fazem descaradamente, como se as pessoas fossem meros bobos de uma corte onde eles, legitimados pelo sufrágio universal e favorecidos pela ignorância popular, ditam as regras, estabelecem suas próprias normas e dizem quanto querem ganhar. É como disse Arnaldo Jabor…são todos filhos da “pátria que os pariu”. Este é o lado podre da santa democracia! Com todas as vantagens deste tipo de governo, o democrático, as vezes penso que ele não serve para o Brasil, mas depois também penso, a ditadura também é podre, enfim, surge então a pergunta: quem não presta? O tipo de governo estabelecido para dominar ou o tipo de povo que a ele se submete? Que dilema! O problema é o sistema ou a nação que não produz seres capazes de fazer o sistema funcionar de modo mais justo, visando o interesse comum e não o pessoal? Chupa essa manga!