Só
Sinto a velhice a me rondar à porta.
Estou tão só!… tão só!… Ah! minha vida:
Quanto me dói, magoa e desconforta
Considerar-te uma ilusão perdida!
Pelo mundo vaguei, tal qual uma folha morta,
De um lado para o outro arremetida…
Nem a palavra divinal que exorta,
Nem o carinho que a vencer convida 1
E sigo cabisbaixo, indiferente,
Cumprindo as ordens de seguir à frente,
Na direção do “NADA” que me atrai…
Hoje, a estrada mais ampla. Agora um trilho…
E ninguém que me chame por MEU FILHO !
Nem alguém que me chame por MEU PAI !…
Marcos Baclháo
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