O pré-candidato a prefeito de João Pessoa pelo PPS, o ex-secretário de Comunicação Nonato Bandeira, não abaixou a cabeça e respondeu no mesmo tom as declarações do governador Ricardo Coutinho (PSB), que quebrou o “clima de paz” e passou a encarar sua postulação como ‘de oposição’ na disputa pela Prefeitura da Capital. Reafirmando que o PPS é sim aliado do Governo, Bandeira deixou claro que seu partido não é ‘subalterno’ do Chefe do Executivo.
“Antes de o governador sair dizendo quem é inimigo e classificar quais partidos são de oposição, ele tem que antes de qualquer coisa tentar unir o partido dele que está dividido”, disparou Nonato, em entrevista exclusiva ao MaisPB, nesta terca-feira (29).
Bandeira explicou que os partidos da base aliada do PSB têm autonomia para decidir se devem lançar candidatura própria ou se coligar com outras legendas.
“Ele (Ricardo) lançou a candidatura do PSB e nós aceitamos, embora não concordemos com ela (Estelizabel). A prova disso é a dificuldade que ele está tendo dentro do partido para que o nome da candidata seja aceito pelo grupo”.
Nonato afirmou que a decisão de substituir a pré-candidatura de atual prefeito, Luciano Agra, após o gestor renunciar do direito de disputar à reeleição, pela de Estelizabel foi uma decisão pessoal do governador Ricardo Coutinho. “E é por isso que ele esta sendo questionado dentro do próprio PSB”, destacou.
Mais adiante, ainda tentando manter o discurso da diplomacia, Nonato defendeu a autonomia do PPS, em paralelo à aliança com o grupo ricardista. “Nós fazemos parte do Governo e não lançamos candidatura contra ninguém. Nós lançamos uma candidatura em favor de João Pessoa em prol de uma gestão que esta dando certo”, afirmou Nonato, acrescentando: “Quem vai decidir o que é melhor para João Pessoa, não é o governador, nem o PPS, nem o PSB, nem qualquer liderança política. Quem vai definir é a população”.
Na ocasião, Bandeira destacou que acredita que o governador está confundindo uma eleição que é municipal com a estadual. “A sucessão dele (Ricardo) vai o ocorrer em 2014. Hoje nós estamos na disputa pela sucessão municipal”, alfinetou Nonato.
Mislene Santos – MaisPB