NEM TODOS, NÉ BARBOSA?
Diante da segurança das suas declarações o ministro Joaquim Barbosa, que também preside o CNJ, tem o dever e a obrigação de nominar os juízes envolvidos em casos perniciosos e encaminhar para a OAB a relação dos advogados signatários das falcatruas dentro do Poder Judiciário.
É evidente que, denúncias gravíssimas como esta, a sociedade precisa saber da inteireza dos fatos em sua plenitude, afim de descobrir onde o “cancro” está instalado, para que seja feita, pelo menos uma assepsia, já que o mal é de difícil cura e o remédio tem que ser amargo, através de punições severas e exemplares.
Se Barbosa tem razão no que diz e admite que o problema exista, cabe a ele, na condição de representante maior do Judiciário brasileiro, agir com a firmeza que o caso requer; não deixando no vazio do esquecimento as duras declarações. No mínimo, deve-se criar algumas normas que tornem os relacionamentos institucionais tão transparentes quanto possível.
Isto se faz necessário para evitar que homens e mulheres de bem que atuam com responsabilidade diante das suas funções, sejam igualados a esse tipo de magistrados comprados, injustos e que denigrem a imagem do Poder.
Barbosa, na condição de Presidente do CNJ, dispõe de meios e de poderes para agir dessa forma, o que evitará a generalização das denúncias.
Mas, com certeza, Joaquim Barbosa erra, quando diz que “a proximidade de juízes com advogados muitas vezes, resulta em tratamento privilegiado e desequilibra o jogo em favor de uma das partes”.
Faltou ao ministro reconhecer que esse tipo de comportamento, só é possível, quando o juiz é volúvel e o advogado age com esperteza e de forma nem um pouco convencional.
O certo é que o primeiro passo já foi dado: já se admite que o problema exista!