Com o coração em prantos aqui reproduzimos a dor do Tião :
Adeus, Zezão!
Durante muitos anos, o meu sábado foi preenchido com este encontro simples e cheio de muito carinho: Zezão, o seu barraco humilde no meio da feira do Geisel e eu ouvindo seus conselhos, escutando suas saudades, relembrando nossos tempos de mais novos nas ruas de Princesa e nos matos do Gavião. Ele era o meu norte e minha bússola. Muito do que sei aprendi com ele, com sua coragem, com sua disposição para o trabalho e com o amor que sabia, na rudeza de seus gestos de matuto, demonstrar por todos os irmãos que ajudou a criar ao lado do inesquecível Miguel Fotografo.
Esta noite Zezão descansou. Lutou bravamente contra um câncer e, finalmente, deu-se por vencido, fechou os olhos, viajou para a eternidade, foi se encontrar com Seu Miguel, com Dona Emília, com Carlinhos e com Galego. Nós ficamos. A saudade ficou. O barraco vazio também. O Geisel nunca mais será o mesmo. A partir de hoje o Geisel e nós todos não temos mais o barraco do Zezão.
Até a vista, meu irmão.