Ministro do Meio Ambiente demite chefia do Ibama na Paraíba
O Ministério do Meio Ambiente, através do ministro Ricardo Salles, publicou a exoneração de quatro chefias do Ibama, responsáveis pelas operações do órgão federal nos Estados da Paraíba, Amazonas, Bahia e Tocantins.
Na Paraíba, saiu Arthur Martins Marques Navarro, mas, apesar da publicação ter sido realizada na sexta-feira (9), o único Estado que teve um novo superintendente nomeado foi o de Tocantins, onde Luiz Carlos Fernandes assumiu o posto antes ocupado por Flavio Luiz de Souza Vieira.
No Amazonas, foi dispensado do cargo Rezende Guimarães Filho. Na Bahia, deixou o cargo Rodrigo Santos Alves.
De acordo com informações postadas originalmente em uma matéria do Estadão, nos casos da Paraíba, Amazonas e Bahia, os pedidos de exoneração foram feitos “a pedido” de cada um deles.
O ministro Salles tem nomeado, desde o início de sua gestão, militares para ocupar cargos nos órgãos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente. Um processo de fusão dos dois órgãos, inclusive, tem sido analisado por um grupo de servidores, a maior parte deles de formação militar.
Ibama e ICMBio atravessam, hoje, a pior fase de suas estruturas, em relação a recursos financeiros e número de servidores. O orçamento federal destinado aos órgãos tem sido estrangulado ano após ano, além de o quadro profissional não ser renovado, após sucessivos pedidos de aposentadoria.
Uma das áreas mais afetadas é, justamente, a de fiscalização e combate a incêndios e desmatamento ilegal, cujos números não param de crescer. Em março deste ano, os sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 368 quilômetros quadrados de área desmatada na Amazônia, ante 327 km verificados em março do ano passado. O volume total de área desmatada desde agosto do ano, mês que dá início a medição anual pelo Inpe, chega a 4.262 km de desmatamento.
A reportagem questionou o ministro sobre a razão de ter publicado a exoneração de todos de uma só vez e quando as superintendências deverão ter um novo chefe, em vez de substitutos temporários. Salles afirmou que as três superintendências com vaga em aberto se devem ao fato de terem acumulado “três análises de currículo no sistema de contratação”.
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