O recém-criado partido da Mobilização Democrática (MD), fruto da fusão do PPS e do PMN, ainda não obteve o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas continua com as articulações internas agitadas por conta da disputa pela presidência na Paraíba. A briga está entre o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira (PPS), e a presidente do PMN, Lídia Moura. Nesta quarta-feira (5) o vereador Bruno Farias, vice-presidente estadual do PPS, prometeu uma ‘debandada’ do grupo ligado a Nonato, caso o socialista não seja o presidente do novo partido.
“Se a presidência do MD não recair sobre a condução de Nonato, um grupo muito expressivo de agentes políticos que pertenciam ao PPS estarão deixando a legenda e tomando outro rumo político”, alertou.
Além dele próprio e de Nonato Bandeira, também podem abandonar a ideia de se filiar ao MD, os vereadores de João Pessoa Marco Antônio (PPS) e Djanilson da Fonseca, os prefeitos do PPS e também o vereador de Campina Grande do PMN, Rodrigo Ramos.
Conforme informou Bruno Farias, até o momento nada foi definido a respeito da presidência estadual na Paraíba e nos demais estados brasileiros. Segundo ele, a direção nacional escolherá quem comandará a legenda apenas após obter o registro do TSE.
“Estamos esperando os tramites legais, enquanto isso não se efetiva, estamos trabalhando para que o companheiro Nonato Bandeira seja o nome escolhido pela direção nacional para comandar a legenda aqui no estado”, declarou a reportagem do Portal Correio.
Segundo o vereador, Lídia Moura não tem legitimidade para requerer o cargo de presidente. “Nós não enxergamos legitimação regional e local na postulação de Lídia. Ela deseja ser a presidente da legenda, mas não detém apoio e a política não pode ser feita movida pelo desejo pessoal. Ela deve ser feita realizada em virtude do projeto político”.
Para ele, Nonato Bandeira reúne o capital político necessário para que o MD já nasça grande na Paraíba. “Ele tem um nome estadualizado e já demonstrou que é um grande estrategista político”, defendeu.