UM DEDINHO DE DISCÓRDIA
Tenho amigos fraternos na Unimed, gente como Fábio Rocha, Walter Dantas, João Modesto e até Aucélio de minha geração de Liceu. Por isso relutei em abordar esse assunto, mas acabei por decidir que estaria fazendo um bem e não um mal ao criticar o que anda errado na cooperativa. Isso na minha modesta opinião de cliente. Toda vez que procuro um serviço médico fico à beira de um infarto, tudo porque o sistema digital da Unimed não reconhece meu dedão, nem suas impressões. Perco valiosos minutos enquanto a atendente e a sede da Unimed conferenciam acerca de minhas impressões digitais.
O último incidente aconteceu na terça-feira. Necessitado de alguns exames, mais uma vez meu dedo não batia com a matriz impressa na sede do plano. Foi um Deus nos acuda e eu, na minha rabugice que meus 60 anos me conferem, armei um barraco de dar inveja a qualquer suburbana irritada. Colocaram-me em linha direta com a Unimed e uma nada gentil funcionária me convenceu a ir à sede da empresa renovar minha digital.Como aprendi que digitais são singulares e não mudam com o tempo recusei-me a esse procedimento alegando que o erro era do sistema e não do meu dedo carinhosamente urdido pelos meus pais.
Perdi mais de uma hora nessa discussão estéril que terminou quando a funcionária da Unimed me aconselhou a procurar um dermatologista para verificar se minhas impressões digitais haviam sido corroídas pelo tempo. Bati o fone e fui salvo por um anjo chamada Luiza, prestimosa funcionária do laboratório, que me vendo à beira de um ataque de nervos resolveu a questão a contento e me encaminhou para o procedimento que era uma simples e singela radiografia de tórax, nada que exigisse tanta tecnologia.
Daqui clamo a meus amigos da Unimed para que consigam um sistema mais moderno e que realmente leia as impressões digitais dos clientes ao invés de criar uma confusão. Elas são imutáveis e uma vez cadastradas deveriam servir para a vida inteira e não se tornarem motivo para querelas e perda de tempo, tempo esse valiosíssimo para quem como eu já se encaminha para o final do espetáculo. Fica meu apelo e a certeza de que uma providência virá para que eu, meu dedo e a Unimed continuemos em paz.
Traumático
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vem à Campina Grande para verificar in loco o estado do hospital de Traumas. O governo federal entregou R$ 100 mi para obras e equipamentos, mas o hospital, inaugurado por Maranhão dias antes de sair, não tem pessoal nem está com as obras completas.
Voando
Como era previsível, a diretoria do Aeroclube vai recorrer à Justiça para não ter seu imóvel desapropriado pela Prefeitura da capital. O advogado Marcelo Weick patrocina a causa e estima valores muito mais altos do que os calculados pela PMJP para a ocupação da área. Vai haver combate aéreo.
Contraditório
Os novos deputados precisam entender que o contraditório existe para ser discutido e que seus pares, mesmo de lados contrários, não são inimigos.
Se essa legislatura continuar no diapasão das primeiras reuniões vai acontecer uma tragédia qualquer dia desses.
Quem for vivo verá.
Infiéis
A atual direção do PMDB paraibano afirma que os “infiéis” não terão legenda na próxima eleição.
O problema é que parece que esses mesmos infiéis é que vão tomar a direção do partido e aí a coisa muda.
Fora
Não bastaram as orações do padre Adelino para garantir um lugar na Câmara de vereadores.
A Justiça negou seu pedido que se baseava no fato de que deve assumir o suplente do partido e não o da coligação.
Fantasmas
Mais de mil servidores ‘fantasmas’ da Secretaria de Educação vão ter de restituir o dinheiro recebido sem trabalhar.
O secretário da Administração Gilberto garante que o Estado irá interpelar judicialmente esses fantasmas burocráticos.
Estrangeiros
Também vem da Administração a notícia de que vários servidores que recebiam salários moravam no exterior.
O dinheiro made in PB ia abastecer contas na Europa, States e alhures.
Que é ali vizinho a Alhandra.
Açodamento
Essa onda de criar uma comissão suprapartidária para avaliar demissões e nomeações é uma falácia.
Nomear e demitir são atribuições exclusivas do governador que nunca precisou de comissões para isso. O que existe é o jogo para a galera…
E jogo velho.
Alheio
O deputado federal Benjamin Maranhão permanece alheio ao bombardeio contra seu tio e mentor José Maranhão.
Ele não fala nada sobre os ataques ao ex-governador nem sinaliza sua solidariedade para que ele consiga um cargo federal.
Gastos
A Universidade Maurício de Nassau, além da alta mensalidade, cobra agora dos seus alunos uma taxa de estacionamento de R$ 2,00 por período.
Estudar fica caro. E ir estudar de carro mais caro ainda. O Procon já caiu em campo.
1 – Paraíso – Do ponto de vista gay os primeiros seres do mundo foram Adão e Ivo.
2 – Juntos – O perigo e o prazer andam de mãos dadas.
3 – Proverbial – Em briga de Saci ninguém dá rasteira.