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Blog do Vavá da Luz

MARANHÃO E A SÍNDROME DO CAVALO PARAGUAI ( Chico Pinto)


Chico Pinto

 Com todo o respeito que ele merece e longe de qualquer intenção de denegri-lo ou criá-lo estereótipo, é visível e os dados não negam, que o ex-governador José Maranhão, quando se trata de eleição, tem sido vítima constante da “Síndrome do Cavalo Paraguai”. Ou seja, é um candidato bom de arrancada, mas ruim de chegada.

                        Para se tirar uma conclusão basta apenas dar uma verificada nas pesquisas eleitorais de 2006 e nas de 2010, quando todos os institutos davam como certa a vitória de Maranhão. O Ibope nem se fala: cantou vitória até mesmo às vésperas da eleição e o que se viu foi a arrancada de Cássio Cunha Lima em 2006 e a de Ricardo Coutinho em 2010, o que comprova que Zé sempre larga na frente, mas chega em segundo na final.

                         Diante dos números atuais é fundamental que o ex-governador não se arvore de vitorioso antes do tempo; calce a sandália da humildade, controle o impulso do seu generalato e parta com realismo na busca do voto. Se cavalgar despercebido, com soberba ou cheio de arrogância, além de chegar mais uma vez em segundo ou até mesmo em terceiro, também corre o risco de “cair do cavalo”, sair contundido e, a partir daí, ser obrigado a curtir, compulsoriamente, uma aposentadoria por escassez de voto.

                         Neste cenário atual ele volta novamente a pontificar em todas as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura Municipal de João Pessoa. Até ai tudo normal, tudo “tranquile” . Mas, é bom se aperceber que ainda tem muito caminho a ser percorrido, já que o eleitorado da capital, na sua expressiva maioria, ainda está totalmente apático ao pleito e desatento ao jogo.

E, se Zé aparece em primeiro, talvez seja porque o seu nome esteja mais massificado do que os demais, simplesmente pelo fato de ter saído recentemente de uma eleição , e o seu nome , mesmo involuntariamente, ainda permanecer na mente do eleitorado.

                        Mas, para que seu nome permaneça firme na consciência do eleitor até o fatídico dia da eleição, será necessário que ele tenha consistência de discurso, seja realista nas suas propostas e prove o que já fez por João Pessoa, durante o seu longo reinado à frente do Governo do Estado. É necessário porque o eleitorado da capital a cada eleição tem provado que está mais ressabiado, incrédulo e não se engana facilmente.

                        Continuo achando que a briga eleitoral na capital vai ser boa. Só não sei se Maranhão continuará a voar em céu de brigadeiro. Não dá pra negar que ele continua bom de voto e pretende mover céus e terra para se redimir das duas derrotas (2006 e 2010). Dizem até que voltar a vencer uma eleição, mesmo que seja para prefeito, será uma questão de honra, de vida e/ou de morte política.

                        Ocorre que, a julgar pelas pesquisas, ele largaria bem. Mas o problema, pelo que se percebe, não é a largada e sim, o medo da chegada!

                        Conviver com a síndrome do cavalo paraguaio, nem pensar, estressa-se o bunker maranista!