O ex-senador Wilson Santiago (PMDB) tomou posse no último dia (02) no Parlamento do Mercosul (Parlasul) junto a outros 36 parlamentares, com mandato.
De acordo com analistas políticos, a permanência de Santiago no Parlasul, mesmo não sendo mais senador foi devido a uma manobra do PMDB e o contribuinte é quem vai pagar está conta já que o ex-senador está no parlamento somente até ser julgado seu pedido de recurso no Superior Tribunal Federal – STF. Depois disso, ele deve sair do grupo.
Entenda o ‘jeitinho’ brasileiro no Congresso
O jeitinho encontrado pelos congressistas para burlar a regra de que só congressistas com mandato podiam integrar o grupo foi apresentado e votado, em reunião dos integrantes da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. O encontro durou apenas quatorze minutos e ocorreu na véspera da comitiva viajar para Montevidéu antes da posse. Além da velocidade em aprovar a indicação de Santiago (antes indicado pelo PMDB para a vaga), segundo alguns dos presentes, chamou atenção o fato do senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente do colegiado, ter pedido para a equipe de comunicação da Casa parar de registrar o encontro.
Em entrevista, o senador Valdir Raupp (PMDB de Rondônia) explicou a decisão de manter Wilson Santiago como parlamentar do Mercosul ter sido apoiada por ele.
“No que depender da bancada do PMDB o senador Wilson Santiago continuará no parlamento do MERCOSUL, eu acho que ele já foi punido demais, sem ter culpa nenhuma. Muitos até achavam que Wilson tinha algum processo, alguma coisa, não tem processo nenhum, isso foi uma falha do TSE, posteriormente o Supremo veio a derrubar aquela lei da ficha limpa na eleição passada, e o senador Wilson Santiago é um ficha limpa, então ele pode muito bem permanecer nesse parlamento”, explicou Raupp.