O Governo do Estado, através da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), está firmando parceria com a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para desenvolver, conjuntamente, ações de fiscalização ambiental. O objetivo, segundo informou o presidente da estatal, Deusdete Queiroga, é buscar soluções para melhorar o meio ambiente na Capital.
De acordo com o presidente, as diretrizes da parceria, assim como o cronograma das primeiras atividades de fiscalização, começaram a ser discutidas com a secretária adjunta de Meio Ambiente do município, Maristela Viana, e a diretora de Controle Ambiental da Seman, Aparecida Assis. “Começamos a traçar estratégias de como e onde atuar. Existem pontos críticos que merecem e devem ser tratados com prioridade, como é o caso dos rios do Cabelo, em Mangabeira, e Cuiá, no Valentina”, disse.
Segundo o presidente, a sugestão da Cagepa é, após o Carnaval, iniciar a fiscalização pelo rio do Cabelo. “Frequentemente recebemos informação de que esgotos estão escorrendo para o leito do rio. Nossa meta é, junto com a Secretaria de Meio Ambiente da Capital, encontrar medidas para sanar o problema”, afirmou.
Queiroga destacou ainda que, como a Cagepa é responsável por grande parte do sistema de esgotamento sanitário da Capital, é comum a população atribuir à empresa a total responsabilidade pelos esgotos estourados nas ruas e, consequentemente, pelos esgotos despejados nos rios. Ele lembrou, no entanto, que, em João Pessoa, ainda existem áreas desprovidas de rede de esgotamento e que, nestes casos, as pessoas costumam destinar as águas servidas e até os esgotos domésticos diretamente para as ruas. “Esse material acaba caindo na galeria pluvial e, muitas vezes, num leito de rio”, falou.
Outro fator que muito contribui para as recorrentes obstruções na rede de esgotamento sanitário, de acordo com o diretor de Operação e Manutenção da Cagepa, Marco Túllio Zírpoli, é o uso incorreto da rede por parte de moradores. “Em muitas manutenções realizadas pela empresa, é comum encontrarmos na rede material sólido, como madeira, sacola plástica, preservativos, fraldas descartáveis e até estruturas de sofá”, relatou.
Segundo ele, todo esse material acaba obstruindo a rede e causando o derramamento de esgoto em algum ponto. “Quando esse esgoto transborda, acaba escorrendo nas ruas e caindo nos rios”, disse Zírpoli, enfatizando que a população também é parte integrante desse processo de parceria, à medida que utiliza a rede de esgotos de forma correta. “A responsabilidade pela boa manutenção da rede de esgotamento sanitário e, consequentemente, do meio ambiente é de todo cidadão”, reforçou.
Investimentos – Deusdete Queiroga reforçou o compromisso em continuar monitorando e controlando o sistema de esgotamento sanitário da Cagepa na Capital. Ele lembrou que a empresa já vem fazendo investimentos, no sentido de garantir a eficiência dos serviços de esgotos. “Em apenas dois meses de gestão, recuperamos parte da frota de caminhões. Quando assumimos, dos cinco caminhões de jato e sucção, apenas um estava funcionando. Já conseguimos recuperar quatro e estamos trabalhando para, após o carnaval, contarmos com mais um”, assegurou.
“Estamos também elaborando projeto para a colocação de geradores nas 49 Estações Elevatórias de Esgotos existentes na Capital. Essa medida irá evitar que, em casos de falta de energia elétrica, por exemplo, a Elevatória pare de funcionar e os esgotos sejam lançados nos rios. Estamos providenciando também a aquisição de conjuntos motor bombas reservas para assegurar o total funcionamento das Elevatórias”, concluiu Queiroga.