Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

FAMILIA MORAIS AGRADECE E FALA UM POUCO DA TRAJETÓRIA DE VIDA DAQUELE QUE FOI UM EXEMPLO

Os filhos agradecem ao editor Vavá da Luz, o magnata, por mais essa lembrança e homenagem ao nosso querido e inesquecível Edson Morais de Lima, no Notícias da Terrinha.

Agradecemos também as diversas homenagens feitas pessoalmente, as quais representamos na fala do amigo Antonio da Rede e do compadre e ex-funcionário, Sr. Patativa. Bem como as inúmeras mensagens recebidas via torpedos e emails de amigos espalhados pelo Brasil, as quais represento na reprodução deste torpedo enviado por Elvis: “  Eu deveria dizer meus pêsames por seu Edson. Mas direi parabéns por ele, uma pessoa que pode partir mil vezes e seria imortal para quem o conheceu. Abraço. Elvis”.

Neste sétimo dia, como última homenagem fica o registro de uma pequena Biografia:

Edson Morais de Lima nascido em 08 de janeiro de 1925, natural de Serra Redonda, casado com Marieta Valente de Morais natural de Itatuba, à época distritos do município de Ingá.

Com a morte prematura de seu pai, Edson Morais passou a ser o responsável direto pelos 11 irmãos já morando em Ingá. Nos anos 50 e 60, foi proprietário de uma fábrica de calçados localizada na rua Rui Barbosa, centro da cidade, por trás da atual Prefeitura, onde empregava em torno de 12 operários em seu tempo áureo.

Toda a produção da fábrica era absorvida pela demanda das feiras públicas na região de Ingá, incluindo Juarez Távora e Itabaiana. Desta fábrica, ao lado de outra de propriedade do Sr Milton (falecido) surgiu uma equipe de futebol com o nome de Industrial Esporte Clube,(duas indústrias) dando origem ao patrimônio social do hoje Clube do Industrial.

Posteriormente, as fábricas de calçados de couro passaram a ter uma forte concorrência com um produto novo no mercado, “sandálias havaianas”, tendo como conseqüência a diminuição da produção e redução no número de operários. Durante a famosa cheia de 64, Sr. Edson perdeu todo seu estoque, mercadorias, matéria-prima e máquinas, não tendo mais condições de se reerguer do prejuízo causado pelas inundações perante a fábrica de calçados.

Ainda durante os anos 60, Edson Morais foi por duas vezes o vereador mais votado no município de Ingá, sendo presidente da Câmara Municipal por uma gestão. Vale salientar que neste período o vereador não tinha remuneração. Chegou a ser perseguido pela ditadura militar em razão de sido político filiado ao PSD (partido do ex-presidente Juscelino Kubitschek) e ter entre os seus operários, um que era ligado às ligas camponesas de Sapé.

No final dos anos 60 administrou a Churrascaria Maringá, que mais tarde passou a chamar-se Bar do Morais que o expandiu e conduziu até a metade dos anos 2000. Ainda nos anos 70 exerceu o cargo de secretário municipal durante a gestão dos prefeitos Wellington e Antenor (interventor), sendo sondado por este último a ser um dos candidatos a prefeito pela ARENA, no que recusou o retorno à política. Exerceu ainda a função de fiscal de obras na gestão de prefeito Zé Grande, Honório Felix e Paulo Cândido. Na gestão Burity, aposentou-se, encerrando sua vida pública.

Com a saúde fragilizada pelo diabetes, em 2003 foi diagnosticado também o mal de Alzheimer tendo ficado sob os cuidados dos filhos, sobretudo da filha Wbaneide que o cuidou até o final da vida, e como uma criança foi levado à morada eterna no dia das crianças. Deixou seis filhos: Edna, José Robson (Zeca), Edneide, Valter, Wbaneide e sérgio. Netos e bisnetos.

Com seu jeito paciente, solidário, simpático e bem humorado, Edson Morais, deixou um legado de respeito e companheirismo entre admiradores, amigos, ex-funcionários e familiares.

*Felicidade: 08 de janeiro de 1925. + Saudade: 11 de outubro de 2011.

Não é possível comentar.