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Blog do Vavá da Luz

“Estuda o passado se queres prognosticar o futuro.” (por vavadaluz)

casarão3Contam os mais velhos da família que nos idos de 1800, precisamente entre 1850 e 1860 desembarcava no Ingá com o intuito de comprar terras um cidadão de estatura baixa, de olhos azuis profundos,  extenso cavanhaque onde costumava passar a mão após uma determinação ou um aperreio.

Pois muito bem, esse cidadão chamava-se Antonio Joaquim do Amaral e Silva, o famoso a época, Capitão Amaral ( capitão era um titulo nobiliárquico concedido naquele tempo pelo império aos grandes latifundiários entre 1822/1889).

Centralizando suas atividades no casarão da senzala o capitão Amaral se fez dono de uma grande área de terra que incluía o Tambor, Gameleira, e Ingá. Apesar do tempo, era o capitão um Homem de letras, pois recebia Jornais de Recife e São Paulo para estar sempre bem informado.

Segundo a fonte, depois de estabelecido mandou buscar um primo seu a quem vendeu uma gleba de terra, esse primo chamava-se Antonio da Silva, pai do saudoso Zé Sinval e avô do atual Vereador Marrinho, já a terra passou a ser chama de MATANEGO em virtude de alguns escravos fugitivos em lá se aquilombarem  e sido mortos,  queimados vivos  por um capitão do Mato que segundo algumas fontes chamava-se Ludovico de Melo Azedo, nome da rua da cidade de Ingá.

O casarão da senzala nome dado ao bairro haja vista ter existido lá uma senzala com aproximadamente 40 escravos, uma Igreja de Nossa Senhora da Conceição e um cemitério, foi palco de muitas batalhas como Perrepistas  e Liberais sendo que a inimizade entre o capitão, seus filhos, e o cangaceiros Antonio Silvino , desavenças na própria família, assassinato de um de seus filhos, culminaria com a batida em retirada do capitão para o Rio Grande do Norte onde comprou terras em São José de Mipibu, Santa Cruz e Casa Caiada, além de inúmeros terrenos na capital como o da  Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a ilha do Retiro em Recife Pernambuco.

casarão1

Certa feita Antonio Silvino cercou a casa onde morava um dos filhos do Capitão (casa de João de Valdivio) que também pertencia aos Amarais, e foi um luta sangrenta com os capangas do cangaceiro se dando por vencidos.

Com o avanço da internet fui contatado via email por uma moça das bandas de Santa Cruz no Rio Grande do Norte, que chama-se Wilma Amaral, querendo ela conhecer sua família, pois segundo sua Bisavó eles tinham saído de Ingá fugindo do cangaço.

Face ao exposto não vamos levantar falso ao Capitão em dizer que ele mantinha outras famílias fora a do Casarão da Senzala e como tinha terras em Serra verde, Riachão e patati e patata podemos afirmar com certeza que os AMARAIS da região são oriundos de uma só raiz, com enxertos diferentes.

 

vavadaluz

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