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Blog do Vavá da Luz

ESSA EU VÍ NO TIÃO, GOSTEI PRA CACETE, E EMPURRO ATRÁS DELE

Por Letícia F.

Vamos lá, machistas, misóginos e moralistas de plantão: INFARTEM com essa afirmação.

Eu sou mulher, gosto muito de sexo e faço muito sexo.

Não estão satisfeitos? A coisa pode piorar:

Eu sou mulher, gosto muito de sexo, faço muito sexo e lido bem demais com isso. Para completar, eu escrevo um blog a respeito.

Olhem só que merda, hein? Olhem só que coisa fora da curva, que coisa inesperada! Como assim mulher tem desejo sexual? Novidade grande pra você, que ontem fez um papai-mamãe ridículo na sua mulher, usando o corpo dela como um mero orifício: a gente gosta e muito dessa bagaça! O que talvez aconteça é que a gente não gosta de sexo com você, que usa a língua só para falar e ajudar a deglutir, e os dedos apenas para escrever críticas machistas e retrógradas.

Eu gosto de sexo e faço gostoso. Chupo, lambo, transo com dois homens ao mesmo tempo e ainda quero é mais. Falo com desenvoltura a respeito, sem ruborizar nem um segundo. Não tenho vergonha de falar que fui a um sex shop ou que pretendo ir a um show de sexo explícito. É sexo. É natural e é bom pra caralho.

E, ora vejam só: eu não sou prostituta!

As comparações com garotas de programa já cansaram. Eu juro que não me irrito mais com essa (é incrível: a cada porrada que eu tomo, a outra porrada fica pequenininha, pequenininha). Mas não consigo não pensar no caminho louco que a mente de alguém fez para chegar à conclusão de que eu sou prostituta, ou pelo menos deveria ser.

Eu não cobro porque não preciso. Eu não cobro porque faço por prazer. Eu não cobro porque tenho outra profissão. Agora, porquê “garota de programa” é xingamento? São mulheres e homens como nós; não são objetos. Objeto a gente compra no sex shop!

E aí hoje tem um babaca conhecido dos leitores dizendo o que eu deveria ou não fazer. Cobrar ao menos “cemzinho”. Disse que o que eu faço é “prostituição gratuita”. Não existe isso: eu transo de graça porque eu gosto. Triste é ver quantas pessoas aplaudem esse tipo de comentário, especialmente vindos de alguém que contou muitas de suas transas, tratando as mulheres apenas como um buraco.

Me deixo abater? Pra caralho! Eu sou humana e também tenho dias ruins. Quem reclama que eu reclamo devia vir aqui lavar minha louça. Quem de vocês, em uma semana, ficou na home do IG, depois entre as mais lidas da Globo.com e mais tarde INVENTARAM uma entrevista com você? Foi exatamente UMA SEMANA.

Por tudo isso, o que eu quero dizer pros machistas e falsos moralistas é que talvez eu pare esse blog, sim, porque não estou feliz com ele. Mas jamais pararei de ser uma mulher livre, que busca o prazer e que é feliz assim. Isso vocês jamais conseguirão mudar. E há muitas de nós por aí.

 

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