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Blog do Vavá da Luz

ELEIÇÃO APÁTICA E INSOSSA (Chico Pinto)

  • por
Chico Pinto com o editor

Completando-se hoje a primeira metade da propaganda eleitoral gratuita, não existe nenhuma surpresa na disputa para prefeito em João Pessoa. Até o presente momento nenhum candidato conseguiu quebrar a barreira dos 30% nas pesquisas, o que indica que nenhum deles pode se julgar vencedor. Pelos dados atuais os quatros candidatos – Cícero, Maranhão, Luciano e Estela – estão habilitados a disputar o segundo turno.

Se os números das pesquisas, até agora divulgadas, realmente sejam corretos e honestos, principalmente nos dados apresentados na espontânea, quando o eleitor escolhe o candidato sem o auxilio da lista com os nomes dos candidatos, nota-se que os indecisos prevalecem e chegam a quase 50%, dados bastante acentuados o que assegura que o eleitorado ainda não está totalmente convencido em quem votar no próximo dia sete de outubro.

Numa eleição onde o quesito entusiasmo passa por longe e quando não existe nenhum candidato carismático ou tido como fenômeno eleitoral, tudo pode acontecer, inclusive surpresas. Até o presente momento nota-se claramente que a maioria da massa votante pouco está se lixando para o processo eleitoral.

O eleitorado, principalmente aquele mais consciente, ainda continua flutuante e apático diante do processo, como se estivesse analisando o perfil e as propostas viáveis até agora apresentadas pelos candidatos. Já o eleitorado despolitizado continua no aguardo daquele candidato que lhe assegure algum tipo de benesse em troca do voto.

O certo é que no guia eleitoral, quando se esperava que algum candidato se destacasse dos demais, a vitrina eleitoral tem servido apenas para a apresentação de cenas pitorescas e propostas mirabolantes, inconsistentes e demagógicas. Sobre como fazer, de que modo e com que recursos, eles tem pouco a acrescentar.

O guia eleitoral, trunfo da política partidária brasileira, que completa 50 anos em 2012, poderia melhor ser apresentado. Em vez da propaganda distinta partidária o tempo poderia servir para debates entre os candidatos. Se gastava menos e o eleitor se livrava daqueles pretendentes manuseados e burilados por marqueteiros “cafifados” na arte da esperteza.

O companheiro das tardes e noites dos brasileiros país afora se tornou um verdadeiro artigo de luxo. Entre estúdios e gravações em locais diversos, os guias ganharam um banho de recursos técnicos e se tornaram um nicho de mercado para profissionais de marketing, comunicação e audiovisual. Tudo isso na busca de atrair o eleitor menos consciente e fácil de se enganar com malabarismo das imagens e de conteúdo previamente estudado e decorado.

O certo é, que faltando pouco menos de uma mês para o veredicto do primeiro turno, os postulantes à Prefeitura de João Pessoa, ainda não convenceram grande parte do eleitorado, o que deixa antevê que somente na reta final é que o quadro ficará menos “anuviado” e se houver surpresa não será nenhuma novidade.

Quanto às pesquisas eleitorais está evidente que o eleitor não as levam a sério, por motivos diversos. O principal é a falta de credibilidade tanto dos institutos bem como dos contratantes que são useiros e vezeiros no ato de falcatruas e/ou de métodos capazes de deturpá-las.

Geralmente, quem paga estas pesquisas, está interessado no pleito, tem preferência por algum candidato ou facção política. Tanto isso é verdade que geralmente aquele candidato que se apresenta no topo de determinadas pesquisas, quando as urnas são abertas, os números não batem com os divulgados. Exemplos é o que não faltam!

Apesar do pleito apático e insosso o certo é que a cidade de João Pessoa, espera e aguarda por um (a) prefeito (a) que tenha bastante juízo, que cuide dela com carinho e que dê primazia aos interesses da cidade em vez de cuidar dos seus e/ou dos seus apaniguados.