O governo atual vai apurar a legalidade do “supersalário” que o advogado Roosevelt Vita, ex-secretário da Controladoria Geral do Estado, recebeu na gestão de José Maranhão.
Documentos obtidos junto ao Tribunal de Contas do Estado revelam que Vita teria vencimentos acima dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do presidente da República, podendo ser facilmente inserido na lista dos maiores “marajás” do Brasil.
Ao todo, o competente advogado embolsaria cerca de R$ 35 mil por mês dos cofres públicos estaduais, como aconteceu em dezembro de 2010, conforme documentos financeiros que estão de posse do novo governo.
O vencimento estaria acima do teto constitucional, que prevê o salário do governador como maior entre os servidores do Poder Executivo, e fez de Vita um secretário com supersalário. E, agora, com uma superaposentadoria.
Tudo isso fruto de incorporações obtidas pelo advogado, que possuía, no governo Maranhão III, três matrículas: uma de procurador do Estado aposentado, outra de professor aposentado e a terceira de secretário de Estado.
Em dezembro, Vita recebeu R$ 6.672,69 com professor aposentado (Matrícula 14866-1). Recebeu R$ 14.400,00 com procurador aposentado (Matrícula 53941-4). E, por fim, R$ 13.778,6 como secretário de Estado (Matrícula 151925-5). Ao todo, exatos 34.450,00. Valor pra fazer ciúme a muito auxiliar de Maranhão.
Chamou atenção ainda o fato de o advogado ter conseguido ao longo de sua passagem pelo Executivo como secretário fazer incorporações salariais que vitaminaram os vencimentos de Vita.
A quantia pode ser completamente legal, obtida dentro do respaldo legal. Mas não deixa de ser incompatível com um Estado que vetou 5% de reajuste para os servidores por impossibilidade de aumentar vencimentos.
Dos outros, claro.
Luís Tôrres
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