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Blog do Vavá da Luz

‘Criança Esperança’ se aproxima do formato do Teleton, do SBT, e peca ao transformar Renato Aragão em coadjuvante

 

Fernanda Lima, Patrícia Poeta, Lázaro Ramos e Renato Aragão

Já tradicional no calendário da Globo, o “Criança Esperança” chegou à vigésima oitava edição se distanciando cada vez mais do que mostrava nos anos 90 e começo dos 2000. Assim como ocorre no Teleton, do SBT, o evento passou a ganhar ares de maratona.

 Durante todo o dia, programas da emissora foram apresentados ao vivo e famosos se revezaram no chamado “mesão”, atendendo a ligações dos espectadores. No canal de Silvio Santos, no entanto, toda a programação passa a ser ancorada do mesmo palco, ainda assim, as semelhanças entre ambas as produções são grandes. Além dos telefonemas atendidos no palco, na Globo há maior espaço para VTs explicando para onde vai o dinheiro arrecadado. Depois de um período em baixa, o evento percebeu que precisava mostrar de perto suas benfeitorias.

Apesar das proximidades, há diferenças na “embalagem”: enquanto no SBT a maratona é uma espécie de longo programa de auditório, na Globo ela ganha ares de show. Ainda assim, a premissa é a mesma: celebridades pedindo a colaboração do público de casa, com apelos emocionados.

A causa é nobre, não há dúvidas, mas uma questão não passou despercebida durante a exibição do “Criança Esperança”. Embaixador da Unicef e maior entusiasta do programa, Renato Aragão foi relegado à condição de coadjuvante. Todo o comando do espetáculo coube a Fernanda Lima, Patrícia Poeta e Lázaro Ramos, que representaram cada setor da emissora – atrações de variedades, jornalismo e dramaturgia, respectivamente. Quando surgiu na tela, o eterno Didi não disfarçou a emoção e o saudosimo dos holofotes. Jogou para o público, mais que para os companheiros, que, aliás, tentaram sutilmente interrompê-lo enquanto contava uma história triste. Uma pena. Ao esnobar um dos artistas que deram cara ao evento, a Globo, sem querer, deixou de lado o principal objetivo da noite. É triste para o espectador assistir à aposentadoria forçada de um ícone.

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