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Blog do Vavá da Luz

Cretinice também tem seus limites

Tudo na vida tem os seus limites, inclusive as cretinices. Querer misturar  eleições de Reitor na UFPB com o Governo do Estado é uma dessas cretinices que precisa ser repudiada e ao mesmo tempo repelida pela própria comunidade universitária.

Caso aceite esse tipo de engodo a comunidade acadêmica passará à população um vistoso atestado de incompetência acoplado a uma boa dosagem de babaquice.

Querer incutir perante à opinião pública que o Governo Estadual tem capacidade de ingerência em uma eleição, cujo eleitorado é constituído por rebeldes estudantes, funcionários altivos e capacitados professores é o mesmo que admitir que o deputado Tiririca terá voz ressoante perante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU capaz de impedir os confrontos no Oriente Médio ou mesmo amenizar a fome nos países pobres da África.  

É inadmissível que num processo eleitoral democrática, disputado por honoráveis mestres extrapole os muros da Universidade com argumentos mesquinhos e tendenciosos. Mesmo por que é inimaginável que um acadêmico, um funcionário autárquico ou mesmo um magnânimo mestre universitário se deixe influenciar ou vender o seu voto em troca de benesses de quem quer que seja. Seria o fim da picada!

Imaginem só um professor, aluno ou um funcionário público de uma instituição do porte da UFPB, discutindo com um emissário do governo a respeito da venda de voto. Seria uma cena digna de ser inserida no mais alto panteão dos corruptos. Seria degradante e humilhante tal despautério, cujo desenrolar seria capaz de provocar repugnância no mais notório cafajeste desta República.

Devemos admitir que a propagação desse tipo de absurdo pode ter partido até mesmo por parte de pessoas estranhas ao corpo acadêmico, apenas com o intuído de querer trazer para o campo político partidário tal aberração. A Paraíba está repleta desse tipo de invencionice onde se procura confundir a opinião público com argumentos torpes e direcionados.

No entanto, cabe ao envolvidos no processo eleitoral da UFPB, não permitir que este tipo de argumento tome corpo e passe a servir como parâmetro ou mesmo como pano de fundo nas discussões. Pois, caso seja admitido este tipo de comportamento, o processo eleitoral servirá apenas de mau exemplo para aqueles que veem na Universidade um espaço amplo para a boa formação do cidadão e um vasto campo democrático.

A eleição deve servir de bom exemplo tanto para a comunidade acadêmica como também para toda a população paraibana que, atentamente, observa o desenrolar do pleito e espera que os bons exemplos do processo eleitoral da UFPB, estes sim, sirvam de argumentos capazes de elevar o nível das disputas politicas partidárias.

Cabe agora aos candidatos, ou melhor, as duas chapas vencedores do primeiro turno das eleições, elevar o nível das discussões e tratar apenas daquilo que interessa tanto à comunidade acadêmica como também à população paraibana.

Que os bons exemplos prevaleçam e que a disputa seja eivada de boas ideias, de propostas convincentes e que vença a melhor.

Agindo desta forma, acredito que faltará espaço para os cretinos e as suas cretinices.