Mesmo antecipando que se trata de um assunto “deixado no passado”, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) não se conteve ao comentar um assunto que parece ainda ser um “espinho” em sua garganta. Durante entrevista ao radiofônico Correio Debate (98FM), nesta terça-feira (08), o tucano não negou que se incomodou ao descobrir que um de seus maiores algozes, o advogado Marcelo Weick – defensor de José Maranhão no caso que culminou em sua cassação – está na iminência de assumir função no Governo do aliado Ricardo Coutinho (PSB).
“Sou um ser humano. Não sou de aço nem de ferro. Todos sabem que ofereci minha modesta contribuição para a eleição de Ricardo, dentro dos meus limites e de minha possibilidade. De maneira sincera e leal, contribui com o projeto de chegada dele ao Governo. Em 2010, Marcelo Weick não votou em Ricardo, pelo contrário: lutou firmemente contra. Somando tudo isso, e os acontecimentos do passado, é claro que não ficaria feliz que alguém, que não votou no governador que eu ajudei a eleger; que teve uma participação decisiva no meu processo de cassação, está compondo um governo que ele não contribuiu para que existisse”, explicou Cássio, durante seu desabafo.
Como se quisesse barrar qualquer réplica que justificasse a “estranha” escolha, Cássio tratou de derrubar o argumento da “função” de Weick como explicação. “Ele é um advogado, mas não é o único da Paraíba. A Paraíba tem hoje um elenco de advogados competentes e preparados”, disparou.
Afirmando que apenas apresenta agora sua “sensação humana”, afirmou que prefere não se afastar da ideia ‘preliminar’: “Cargo de confiança é do governador e é ele quem tem que escolher”.
“Cabe somente a ele escolher seus aliados”, encerrou assim o assunto o senador Cássio.
MaisPB
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