Chico Pinto
Determinado articulista de um dos nossos grandes jornais comentando o papel da oposição foi contextual ao afirmar que “a irresponsabilidade é uma arma perfeitamente legítima do jogo político”. Indago: Se é isso o que pensa os nossos deputados estaduais que fazem oposição sistemática ao atual governo, basta continuar com está? Se não, tem que mudar!
É claro e evidente que em toda democracia a oposição tem um papel fundamental. Ela precisa existir para salvaguardar e defender os interesses da população. Falei! Os interesses da população e não de grupelhos rancorosos e saudosistas, que visam apenas atrapalhar e torcer pelo quando pior for, melhor será.
Estão esquecendo que a população, consciente do seu papel no contexto social, espera e aguarda dos seus representantes uma boa dosagem de coerência. Ela, em outras oportunidades, já demonstrou que exige daqueles que se propõem representá-la o mínimo de responsabilidade, ancorada no bom senso, ética e honestidade.
Também aguarda que aqueles que se dizem seus representantes, tenham como bandeira a preservação da verdade e, acima de tudo, que interprete o sentimento do povo mantendo um padrão ético e responsável, do qual não se deve se abrir mão.
Se tentar melhorar o capital político, através de artimanhas ensaiadas, perpetradas e direcionadas, na maioria das vezes, não surte o efeito desejado. Geralmente, o tiro sai pela culatra, provocando prejuízos imensuráveis àqueles que pensam que o povo se deixa levar sob o auspício de argumentos mesquinhos e tendenciosos.
Nada explica, porque é possível a alguém mudar de comportamento, com tanta facilidade e rapidez, dando cordas a sobrevivência de boatos orquestrados que induz ao retrocesso democrático negativo.
A Paraíba, nesse momento, passa por esse contexto. Quem era correligionário ontem, hoje, enxerga defeitos e mazelas, naquele que já foi tido e decantado por eles como o melhor dos mortais.
Ou seja: já que os interesses são outros, daí a necessidade de se tentar desmoralizar, através de picuinhas, aquele que bem recentemente, na concepção dos que agora detratam, era possuidor dos melhores padrões morais e éticos para gerir os destinos dos paraibanos.
Tudo isso está registrado na mente do cidadão/eleitor que, no tempo oportuno, saberá distinguir a mentira da verdade, dando razão àquele que realmente se coaduna com os seus sentimentos.
Toda oposição deve ser feita com vigor e sabedoria. Mas, no momento em que se coloca empecilho naquilo que vem de encontro à vontade do cidadão fica a mercê do efeito bumerangue. Não é à toa e a história registra que muitos desses radicais hoje sofrem do ostracismo político.
A Paraíba precisa de uma oposição que critique, mas, que de maneira rápida, aponte soluções para os seus problemas. Que se faça uma oposição com solidez e não naquela de “me segura, se não eu brigo”. Não é por aí! O caminho correto sempre será aquele que venha consubstanciado de propostas concretas e eivado de sentimentos nobres.
Aqui, fica um alerta ao eleitor. Daqui a pouco começa a temporada de caça aos votos. Cuidado com o assédio das velhas raposas. Eles com suas garras afiadas, rostos maquiados, discursos bem preparados, marketing e tudo, virão em busca do seu voto. Mas, cabe a você decidir, pois muitos desses espertalhões precisão de um tempo para reflexão fora do sistema, de preferência bem longe do poder.
Somos nós os eleitores-caça. Não podemos permitir que nos enrole com conversas fiadas, com promessas evasivas, pois, escolher também é um importante papel democrático.
Basta de tantas picuinhas