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Blog do Vavá da Luz

CHICO PINTO EM : Com a máxima vênia, excelência

Chico Pinto e o editor

A população brasileira passa por um momento de intensa incredulidade e constante apreensão diante dos desmandos permanentes nas esferas representativas da sociedade. Tanto isso é verdade, que os institutos de opinião pública registram, através de consulta popular, uma verdadeira descrença nas instituições sejam elas do Executivo, Legislativo e/ou Judiciário.

Os absurdos cometidos viraram rotina e, hoje em dia, é normal o individuo ser taxado de ladrão, ser chamado de desonesto e de ser comprometido com a bandalheira que circunda os ambientes palacianos, congressional e dos tribunais judicantes. Caso se queira enumerá-los, leva-se tempo e exige bastante espaço, pois os desatinos são incontáveis.

Não resta dúvida nenhuma que a apropriação indébita do dinheiro público causa um mau irreparável à sociedade. O dinheiro surripiado deixa de ser aplicado na educação, na saúde e no bem estar da população, para servir a uma casta de infectos poderosos que pouco está se “lixando” em ser chamada de ladrão.

Useiros e vezeiros no uso do dinheiro do contribuinte muitos deles, hoje candidatos à cargos executivos, se apresentam como verdadeiros ícones da moralidade pública, com a mais cínica “cara de pau”, pedindo novamente o apoio da população para retornar ao comando do cofre e da caneta oficial, de onde se originam os seus suntuosos patrimônios.

 

Apesar de causar urticária nas pessoas de bem, geralmente estes desonestos conseguem sucesso nas suas pretensões, devido à falta de discernimento de parte da população, que ainda se deixa enganar e se ilude com discursos manhosos e promessas mirabolantes.

 

Para não ser ludibriado com palavreados pré-fabricados por marqueteiros contratados a “peso de ouro”, o cidadão precisa viajar no passado desses pretendentes; olhar com lupa potente o prontuário policial de cada um e, depois de escavar as profundezas dos registros cartoriais, é que deve se decidir em quem votar.

Um dos exemplos irrefutáveis nesse caudatário de artimanha está implícito no julgamento do deplorável “mensalão”, onde ex-ministros, deputados, ex-deputados, banqueiros, servidores públicos e o “escambal”, estão sendo julgados por falcatruas praticadas com o dinheiro público. Pela sua dimensão o julgamento vem sendo acompanhado com atenção por toda à nação, que aguarda e espera que o compadrio não prevaleça diante das robustas provas contidas no calhamaço processual.

Apesar da impunidade que paira diante das sutilezas, nota-se ainda, que a população guarda um imenso sentimento de respeito e de confiança perante os órgãos judicantes, onde pontificam na sua maioria, magistrados íntegros que não se deixam corromper e nem se curvam diante de determinados poderosos.

Com a máxima vênia, essa mesma população, também observa a existência de julgadores corruptos, comprometidos com falcatruas, geralmente em troca de benesses para si e seus familiares. Esses julgadores optam pelo mal, pela insensibilidade e pelo desrespeito com a própria lei, causando feridas imensas naqueles que procuram os seus direitos e são atropelados pela capacidade deles optarem pela esfera cinzenta da própria consciência.

No entanto, aqueles que no exercício de suas atividades, preferem o mal, a tibieza, a insensibilidade e a corrupção, cria em torno de si um ambiente negativo, no qual predomina os sentimentos de medo, rancor e ira. Dele se aproximam os maus (os iguais se atraem), os oportunistas e agiotas que nele vêem alguma oportunidade de obter vantagens.

O pior de tudo isso é que, geralmente, são pessoas amargas, cujo prazer por uma conquista financeira, dá-lhes satisfação apenas transitória. Diferentemente dos demais, quando ficam fora do circuito profissional, quando se aposentam, caem na mais sinistra e absoluta solidão.

Já é tempo de se admitir, que a sociedade na sua evolução quer uma Justiça ideal, independente e altaneira , à qual se submetam os poderosos e que atenda aos reclames de seus jurisdicionados e lhes decida, com agilidade e segurança, os conflitos, aplicando a lei, doa a quem doer.

 

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*Cumprindo o ultimato, mando daqui um abraço fraterno para a escritora Lourdinha Luna, cujo privilégio é enorme por tê-la inserida entre os meus três ou quatro leitores.

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