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CÁSSIO:“OU SERRA ACEITA AÉCIO OU REPENSE SUA VIDA PARTIDÁRIA” (Chico Pinto)

O final de semana esquenta nas hostes do PSDB. E quem informa é o comentarista político do UOl,  Josias de Souza,  após ouvir declarações do senador paraibano Cássio Cunha Lima, a respeito das insinuações de José Serra em querer disputar mais uma vez a Presidência da República.  Diz o articulado jornalista que “Cássio mandou  um curto e grosso petardo em direção a José Serra, que deverá ter desdobramento diante da firmeza das declarações. 

 

 Futuro líder na bancada no Senado Federal, Cássio avisa que “ou Serra aceita a opção por Aécio Neves ou é melhor repensar sua vida partidária”. Um recado desse porte dirigido a um dos poderosos generais do tucanato só pode contar com o respaldo de outros influentes emplumados do Partido.

 

Diante das declarações nem um pouco amistosa, o senador Cássio Cunha Lima, foi firme e categórico ao afirmar:  “que o nosso objetivo é um só: demonstrar que o partido está unido em torno de Aécio. E quem quiser ter um projeto político no PSDB terá que compreender que Aécio hoje tem de fato o comando do partido. Isso se exerce em todos os planos, inclusive na liderança do Senado. A palavra final é dele.” Manifestou!

 

E foi mais além ao lembrar que  “o PSDB sempre prestigiou o Serra. Deu a ele legenda para ser deputado, senador, governador, prefeito e candidato à Presidência duas vezes. É um quadro importantíssimo, merece todo o respeito”. E sintetizou:  porém, O PSDB fez uma opção clara pelo Aécio, é a vez dele”. 

 

A parte mais dura da entrevista foi quando Cássio salientou que “se o Serra não aceitar isso, se quiser continuar fazendo esse embate interno, o melhor é ele repensar sua vida partidária dele.” Em outras palavras: abriu as portar do Partido para que Serra “bata em retirada” ou se curve diante da maioria. 

 

De acordo com Josias de Souza, “muita gente já está pelas tampas com Serra no PSDB. Mas Cássio é o primeiro a falar assim, em público, sobre o custo-benefício de sua permanência no PSDB, um agrupamento de amigos 100% feito de inimigos”.

 

A partir destas declarações de Cássio, está decidido que o eterno presidenciável do PSDB, já não conta mais com o poder de fogo e de barganha que sempre o caracterizou a frente das decisões da cúpula partidária.

 

 Ao ser derrotado para a Prefeitura de São Paulo, nas últimas eleições, Serra perdeu fôlego e força e, em vez de general, deve ter sido “rebaixado” ao posto de capitão. E, agora, em vez de Quartel no máximo comanda uma Companhia.

 

Amigo fraterno e confidente do senador Aécio Neves, o senador paraibano ao ser indicada para liderar a bancada no Senado, aumenta substancialmente o seu poder decisório dentro do Partido e passa a ser uma das fortes lideranças nacionais dos Tucanos. 

 

Ao bater de frente com a turma de José Serra, fica a certeza de que Cássio não mais está disposto a abdicar da indicação para a liderança da bancada no Senado, mesmo que isso venha a gerar a paz nas hostes dos Tucanos. 

 

O próprio Cássio que já havia afirmado que não tinha obsessão e não iria fazer um “cavalo de batalha”, pela liderança agora acha estranho o suposto interesse de Serra em querer acomodar na poltrona  um senador do seu grupo, o paulista Aloysio Nunes Ferreira. 

 

É claro, que Cássio se segura da decisão da própria bancada do PSDB no Senado que, antes do final do ano, já havia se manifestado pela sua indicação para a liderança e com o irrestrito apoio do amigo Aécio, um mineiro que vislumbra apolítica como a arte de conciliar, mesmo que tenha que enfrentar um “contra ponto” dentro do coração partidário.