Como está triste aquela casa ! nela
Meus olhos viam tantas vezes, outrora,
Em purpurejos, rútila(*), a janela
Toda tocada de clarões de aurora
–
Ali morou Ivete, doce e bela
Delicadam gentil, mimo de flora,
Que perftiama em outro tempo, aquela
Casa que eu vejo tão tristonha, agora
–
Como está triste aquela casa ! Quando
Alheio a tudo, longamente a fito,
Uma saudade, dentro em mim chorando
–
Recordo o feliz tempo em que Ivete,
Com o rosto alegre, juvenil, Bonito
Parecendo a aurora quando amanhece
Marcos Bacalháo